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Você entende o que é a febre?

Você entende o que é a febre?
Karyna Leal Antônio
mai. 13 - 4 min de leitura
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Uma das queixas de saúde mais comuns é a febre, mas será que nós realmente entendemos como ela funciona?

 

Existe um pedacinho muito importante do nosso cérebro chamado hipotálamo (destacado em vermelho na foto). Ele trabalha bastante, já que é responsável por cuidar dos nossos hormônios, emoções, sede, fome, sono, funções do sistema nervoso e também da nossa temperatura corporal. Quando estamos saudáveis, o hipotálamo dá vários comandos ao nosso corpo para que a nossa temperatura fique entre 36,1ºC e 37,2ºC.

Quando ficamos doentes, nós temos um exército que entra em ação para combater os germes causadores de doenças. O nome dessa tropa é sistema imunológico. A nossa imunidade é formada por várias células diferentes, soldadinhos especializados em nos proteger de várias ameaças.

Dependendo da doença que nós temos, as células do sistema imune precisam avisar o hipotálamo sobre ela. Essa mensagem é enviada pelo nosso sangue, e o nome da cartinha é pirógeno.

Assim que o hipotálamo encontra os pirógenos no nosso sangue, ele aumenta nossa temperatura do corpo. Se ficou acima de 37,8°C, isso se chama febre. O nosso corpo é muito esperto, e toma essa decisão de subir a temperatura por dois motivos principais:

- O nosso exército do sistema imunológico funciona melhor;

- Esse aumento de temperatura pode ser o suficiente para matar alguns germes causadores de doenças.

 

Atenção: é importante diferenciar a febre de hipertermia! A febre é um aumento da temperatura corporal comandado pelo hipotálamo. Já a hipertermia é o aumento da temperatura corporal com explicações fisiológicas, ou seja, sem doença envolvida. A hipertermia pode acontecer, por exemplo, durante exercícios físicos ou ciclo menstrual. É totalmente normal e não nos oferece riscos.

 

Infecções e inflamações são causas comuns de febre. Mas ela também pode estar relacionada com situações mais graves, com câncer por exemplo. Não precisamos nos desesperar, já que a grande maioria dos casos não é tão grave assim. No entanto, existem alguns sinais importantes que indicam a necessidade de uma maior preocupação:

- Dor de cabeça;

- Rigidez de nuca (dificuldade de encostar o queixo no peito);

- Pressão baixa;

- Confusão mental;

- Manchas na pele (rash petequial);

- Mudanças no ritmo do batimento do coração ou da respiração;

- Temperaturas do corpo acima de 40°C ou abaixo de 35°C;

- Viagem recente para áreas com doenças endêmicas graves como a malária;

- Uso recente de medicamentos que diminuem a atividade do sistema imune (imunossupressores);

Você também pode se informar sobre Crise Convulsiva Febril aqui.

Se a sua febre não se encaixa está relacionada com situações graves, uma alternativa é controlar ela em casa. É importante ressaltar que, caso a febre seja de origem infecciosa e não muito alta, o paciente não precisa ser medicado. Como já conversamos anteriormente, a febre é um mecanismo inteligente do nosso corpo para melhorar nossas defesas. Em todos os casos, manter uma boa alimentação e tomar bastante água são fundamentais!

Caso a pessoa sinta muito desconforto por conta da febre, ela pode ser controlada em casa com algumas medidas:

- Repouso;

- Banho morno, nunca gelado;

- Medicamentos isentos de prescrição, como paracetamol e ibuprofeno*. 

*O uso infantil da aspirina (ácido acetilsalicílico) possui relação com a Síndrome de Reye, que é rara mas potencialmente fatal. Por conta disso, é bom evitar o uso da aspirina para baixar a febre de crianças.

 

Informação é sempre bem vinda, e nos ajuda bastante na hora de decidir se devemos ir ao médico ou não. No entanto, devemos sempre nos lembrar que as decisões importantes devem ser tomadas por profissionais da saúde. Em caso de qualquer dúvida ou suspeita, o paciente deve ser encaminhado ao serviço de saúde mais próximo. 


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