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Mais de 4 mil alunos com algum tipo de surdez são atendidos no estado de São Paulo

Mais de 4 mil alunos com algum tipo de surdez são atendidos no estado de São Paulo
Franciela Fernandes
out. 8 - 3 min de leitura
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Buscar uma educação plural e de qualidade para TODOS é um compromisso que todos os nossos governantes deveriam ter, mas não é o que temos visto nesses tempos sombrios. Quando leio notícias como a que vou compartilhar aqui com vocês, confesso que sinto esperança no futuro e nas pessoas.

No último dia 26 foi comemorado o Dia Nacional do Surdo e lendo algumas notícias sobre o tema percebi o quanto ainda precisamos avançar. Porém, descobri algumas iniciativas que me deram esperança e temos de nos ‘agarrar’ a esses pequenos "fios" para não esquecermos que juntos somos mais fortes e podemos melhorar, pouco a pouco, o mundo ao nosso redor.

Um exemplo disso que estou falando é o atendimento oferecido pela rede estadual de educação do estado de São Paulo em que 4.162 alunos com algum tipo de surdez, desde leve até a mais severa e as vezes também cegos, têm acesso a ensino de qualidade.

Em 2011, o número de estudantes com essas deficiências era 3.857 e existiam apenas 33 professores com qualificações específicas para atendê-los. Atualmente, a rede conta com 1.380 professores capacitados para esta função e o estado paulista ainda oferece 4.902 salas de recursos. O que isso significa? Um enorme avanço para os estudantes que necessitam de linguagem e atendimento especial. Eles podem ser acompanhados por professores interlocutores preparados para estar em sala de aula e podem se sentir cada vez mais incluídos.

Os professores têm transformado os conteúdos das aulas em Libras, a Língua Brasileira de Sinais, e com auxílio das salas de recursos oferecem material pedagógico específico para que os estudantes possam se desenvolver da melhor forma.

Uma das referências no ensino de alunos surdos na rede pública é a Escola Estadual Senador Adolfo Gordo, localizada no Morumbi, zona sul de São Paulo. Atualmente, a unidade atende 14 estudantes do ensino fundamental ao médio com surdez e/ou cegueira, além de ter vários professores interlocutores à disposição.

A professora Gleicy, especializada em LIBRAS, explica sua rotina de trabalho. “Após o processo de atribuição de classes e início do ano letivo, entro em contato com as famílias dos alunos com deficiência auditiva e agendo uma reunião para preenchermos documentos. Depois faço uma avaliação com o aluno para entender se domina o português, e, acima de tudo LIBRAS. Essa avaliação me orienta a elaborar o plano de atendimento individual”, relata.

Assim como outros professores, ela também se dedica à escola no contraturno, muitas vezes acompanhando a rotina dos alunos. Para a coordenadora da unidade essa dedicação é fundamental e se estende também aos pais. “Muitos alunos veem na sala de recursos uma sala realmente de apoio, de auxílio, sendo o espaço para tirar dúvidas, realizar pesquisas. A sala de recursos é de todos, dos pais e dos jovens. Aprendemos com os alunos e eles aprendem com a gente”, diz.

Por isso, pessoal, não podemos deixar de acreditar que tem muita gente querendo fazer e fazendo um mundo melhor! Essa é a mensagem que precisamos difundir todos os dias tanto para termos uma educação mais inclusiva, quanto para melhorarmos o mundo com "o nosso pouco a pouco".

Fonte: Secretaria de Estado da Educação


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