Esta prática foi realizada no Batalhão da Polícia Militar, localizada no bairro Tarumã, em Curitiba, onde os Policiais tem um projeto de Equoterapia para pessoas com deficiência intelectual, cadeirantes ou que possuem alguma síndrome. No dia de nossa visita, tivemos uma aula teórica sobre a equoterapia e aprendemos sobre os quatro estágios desta prática. Cada estágio existe para conciliar os níveis de dificuldade dos praticantes.
No primeiro, estão os praticantes com o maior nível de dificuldade locomotora e sustentação do próprio corpo. Nesta prática, a (o) fisioterapeuta (o) acompanha o praticante, junto com um membro do batalhão, geralmente um homem alto e forte, para sustentar o tronco do praticante. Passa para a segunda etapa, aqueles que estão com alguma segurança ou que não possuem tanto comprometimento de membros e locomoção.
Tivemos também, uma parte prática da aula de equoterapia, conhecemos os cavalos que são utilizados pelos praticantes, observamos toda a preparação do cavalo antes do seu trabalho experimentamos um pouco da sensação dos praticantes, quando estivemos montados e caminhando com o cavalo, o policial pediu para fecharmos os olhos e percebermos o quanto éramos exigidos na questão de equilíbrio e força.
Para mim, esta experiência foi extraordinária, pois nunca tinha parado para analisar o quanto era difícil uma simples tarefa de se manter equilibrada em cima do cavalo e com isso, tive a breve noção do que passa uma pessoa com essa dificuldade mais agravada devido as suas limitações e o quanto essas pessoas são focadas e exemplos a se seguir. Outro ponto que me marcou foi o relato do P.M, que explicou uma das importâncias desta prática, porque geralmente, estas pessoas estão no nível visual abaixo de pessoas andantes, ou seja, estão olhando as pessoas sempre acima delas, já quando estão no cavalo, o campo de visão é mudado, o que o possibilita enxergar o próximo por cima, como ele sempre é observado.
Esta disciplina foi de extrema importância para meu crescimento não só profissional, como pessoal principalmente. As atividades práticas vivenciadas me fizeram gostar ainda mais do paradesporto e tudo o que o envolve. A breve convivência com os atletas de atletismo me fez ver o quanto as pessoas com deficiência são puras e amorosas umas com as outras, pois naquela situação de competição, o que eles mais demonstraram é amor, cooperação e incentivo ao colega, inclusive os que eram de outras escolas, os “adversários”.
A diferença que esta disciplina faz na vida do profissional de Educação Física é de extrema importância, pois a inclusão de pessoas com deficiência está cada vez mais presente no nosso dia a dia e deve ser tratada com o maior conhecimento possível, para tanto, a disciplina de fundamentos da atividade física adaptada é bem abrangente e nos proporciona enriquecimento.