Como estudante de Jornalismo, já vi muitas realidades diferentes. Somos incentivados a sair da nossa zona de conforto e explorar a cidade, que tem cantinhos, histórias, lutas e pessoas que nunca imaginaríamos que estavam tão próximas.
Foi assim, que conheci a história de três mães - realmente - excepcionais.
Ter um filho já é uma tarefa e tanto; ser protagonista na criação de um ser, amar e educar não é tarefa simples. Nem todo mundo consegue fazer com maestria. Ter um filho especial, com necessidades mais profundas, então, está longe de ser fácil.
Por isso, eu e minha colega, resolvemos embarcar na aventura de conhecer mulheres que passam por essa situação e, assim, gravar um documentário acadêmico para registrar tudo. E que aventura! Ao conhecer cada uma delas, os sentimentos foram diferentes. Tive vontade de abraçá-las, chorar, fiquei com medo, tive vontade de deixar a gravação e sair correndo.
Mas ao mesmo tempo, vi nessas famílias, um amor fora do comum. Pode parecer clichê, mas a união e a resiliência dessas pessoas é realmente excepcional. Isso porque elas vivem uma realidade diferente da maioria. Elas prestam atenção em detalhes que ninguém se importa. Elas têm a consciência de como a vida pode ser frágil, mas que a fé nunca pode ser deixada de lado. Elas sabem o real significado de amar. Um amor puro.
E todas elas deixaram um pouquinho disso em mim. Esse foi um dos conteúdos que me fez abrir os olhos, parar e entender que o nosso mundo é enorme. Para entender que minorias não são grupos minoritários e que não deveriam ser tratadas como tais. Para entender que ás vezes é preciso bater o pé no chão sim e que lutar por aquilo que traz paz na alma é certo.
Esse material audiovisual traz consigo uma tentativa de mostrar toda essa mistura de sentimentos que eu vivi para gravá-lo. E também para finalizar o ano de 2018, que foi repleto de dificuldades e aprendizados, com um pouco mais de amor.