Olá pessoal, hoje vamos falar da "Experiência humana completa", no qual enfatizo em minhas aulas e acredito ser agente transformador na sociedade.
Para uma experiência completa humana, iremos apresentar os seguintes instrumentos transformadores:
- Inclusão
- Equidade
- Diversidade
- Pertencimento
Os quatro elementos que irão modular um cenário educativo e social, visando uma sociedade mais afetiva e cooperativa.
A inclusão quando bem empregada e desenvolvida em espaço educacional é amplamente relacionada a outros instrumentos de aprendizagem, sendo o alicerce fundamental para iniciar essa prática.
Segundo Mantoan (2003, p. 26), “a inclusão é a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro, e assim, ter o privilégio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de nós”. Cada indivíduo é uma soma de vivências, trajetórias, experiências e conjunturas e as pessoas com deficiência não são diferentes.
Trazem bagagens emocional e racional e as utiliza para traçar novas metas e caminhos. Não se pode ignorar e nem ao menos menosprezá-las, pois devem ser tratadas de forma igualitária, pois este é o principal objetivo da inclusão destas pessoas na escola e na sociedade. A inclusão, sendo assim, começa em nosso dia a dia, quando oferecemos respeito, consideração e o direito delas terem as mesmas oportunidades que todos, não subestimando sua inteligência e nem as vendo como incapazes (MANTOAN, 2003).
Mantoan destaca toda a importância de suma sociedade inclusiva, com olhar para diversidade humana.
A Educação Inclusiva é um desafio para professores que devem instruir uma sala de aula, incluindo uma combinação de crianças com necessidades diversificadas e crianças com necessidades especiais. As configurações inclusivas em sala de aula são organizadas de formas diferentes para alcançar o domínio na aprendizagem entre um grupo diversificado de alunos. Em algumas escolas inclusivas, a prática tradicional anterior em sala de aula foi adotada sem qualquer alteração na instrução e no material (BULE-HOLMBERG, 2008).
A colaboração e o pertencimento do educando a práticas que destacam a equidade é fundamental para o aprendizado.
A colaboração requer uma importante quantidade de fé entre os parceiros e uma abordagem flexível no planejamento de aulas e implementação de estratégias instrucionais. Os programas colaborativos devem ser bem planejados com uma estrutura na qual os papéis e responsabilidades dos professores são especificados e realizados juntamente com a gestão diária e nas decisões e interações em sala de aula (COLE et al., 2000; AMIGO e BURSUC, 2006; WOOD, 1998).
Para Vygotsky, o funcionamento psicológico depende das relações sociais e mediações estabelecidas entre o indivíduo e o meio onde vive. Acredita que o homem se constitui na relação com o outro e socialmente. Para ele, acrescenta a criança não é considerada como um ser passivo, mas sim um ser ativo em pleno desenvolvimento. Nesse caso Davis e oliveira vão destacar o conhecimento da cultura para aplicação de práticas diversas.
Assim sendo, de acordo com Davis e Oliveira (1994, p. 54):
É preciso que ela aprenda e integre em sua maneira de pensar o conhecimento da sua cultura. O funcionamento intelectual mais complexo desenvolve-se graças a regulações realizadas por outras pessoas que, gradualmente, são substituídas por auto-regulações.(DAVIS; OLIVEIRA, 1994, P. 54).
Para Vygotsky, em resumo, o processo de desenvolvimento nada mais é do que a apropriação ativa do conhecimento disponível na sociedade em que a criança nasceu.
Se essa relação afetiva com os alunos não se estabelece, se os movimentos são bruscos e os passos fora do ritmo, é ilusório querer acreditar que o sucesso do educar será completo. Se os alunos não se envolvem, poderá até ocorrer algum tipo de fixação de conteúdo, mas certamente não ocorrerá nenhum tipo de aprendizagem significativa; nada que contribua para a formação destes no sentido de preparação para a vida futura, deixando o processo ensino-aprendizagem com sérias lacunas (CODO 1999, p.50).
Dado o exposto, concluo mais uma etapa do blog Mundo Adaptado, enfatizando à diversidade humana como fundamental para uma sociedade melhor e com mais amor ao próximo.