Esses dias fui a uma escola de educação especial para fazer a matrícula do meu filho, e uma professora me perguntou:
" Como você interage com seu filho?"
Custei a responder, afinal o Leo é uma criança muito tranquila, mas não fala, apenas vocaliza, e tem baixa visão. Mas aquela pergunta ficou em minha cabeça, e comecei a me questionar, até achar as respostas.
Meu filho é uma criança doce, quase não chora mas quando choraaaaaaa, pode contar que algo está mesmo incomodando ele e aí, para descobrir o que tem é um problema! Pode ser desde uma dor de barriga até algo mais sério. E então para ajudar temos aqueles serviços de ambulância que vem em casa, inclusive tem atendimento médico no local.
São muitas as formas que conversamos com ele, a salivação excessiva também indica uma provável troca de fralda, e quando fica com o olhar paralisado com uma mudança de cor, pode ser uma convulsão a caminho. E aí vem a correria.
Algumas particularidades dele são fenomenais!
Quando o Leo começa a dar risada sem ninguém estar brincando com ele, pode contar que está com frio. Basta pegar na mãozinha dele que está gelada. Ao descobrirmos isso, falei: "mas que maneira mais linda de dizer que está com frio Leo!"
Outra coisa muito peculiar dele são as caretas.
Para muitas crianças, fazer careta de dor, é realmente dor! Para o Leo pode ser duas coisas, incômodo por dor, OU porque percebe que estamos o mimando, então ele faz isso para chamar a nossa atenção para pegá-lo no colo. Faz mimo mesmo e não quer nem saber! Quando chamamos a atenção dele, ainda bate as pernas com cara de feliz e sem vergonha!
Mas a melhor de todas as características peculiares dele é o beijo, que vem nada mais nada menos que uma lambida. Isso ele começou a fazer não faz muito tempo e cada evolução pequena dessas, vibramos, porque ele merece que sejamos assim!
Muitas pessoas não compreendem a nossa excessividade, mas de vez em quando é necessário e isso vai depender de como ele se comporta. Ainda existem muitas outras características que não são perceptíveis para quem não convive com ele. Cada criança é única, e as que possuem deficiência precisam de um olhar a mais porque as peculiaridades são muitas!