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VAMOS FALAR SOBRE ESSE LUTO DO AUTISMO?

VAMOS FALAR SOBRE ESSE LUTO DO AUTISMO?
Jacson Marçal
mar. 15 - 3 min de leitura
010

Vamos falar sobre esse tal luto pela descoberta do Autismo?

Deveríamos mesmo passar por todo esse processo pós descoberta do Autismo?

Não, primeiramente não devemos considerar a descoberta do Autismo como um luto mas como uma classificação para um meio neurodiverso desse indivíduo, posteriormente com as classificações e associações que serão as mais variadas trabalhar com essas características individuais, sua força será o bem mais precioso que você terá para seguir em frente.


Segue quatro passos para trabalhar após o diagnóstico:


Primeiro passo trabalhar o tratamento das comorbidades, esse tratamento pode ser demorado, o autismo em conjunto pode apresentar diversas associações de comorbidades como a ansiedade, depressão além de características únicas que lhe afetam diariamente, muitas vezes uma medicação será necessária ou uma terapia para melhor adequação.


Segundo passo trabalhar suas condições coexistentes, particularidades em conjunto com suas potencialidades e negativas, cada autista será capaz de desenvolver suas características individuais, então respeite seu tempo, entenda mais sobre suas hiper e hipo sensibilidades, se existir um quadro de D.I, Déficit, etc... escolha o melhor tratamento e apoio.


Terceiro passo evite os rótulos, tudo agora será CID,s e classificações, você e seu filho precisaram de cuidados, isso mesmo, você também precisará de apoio, estudos desde 1990 vem apontando que Mamães de autistas representam uma grande parcela dos efeitos negativos pós descoberta do Autismo, um fenótipo ampliado que afeta suas características individuais e sociais, além de rigidez e agressividade, já muitos papais (não são todos) se isentam das devidas responsabilidades, as vezes um acompanhamento psicológico pessoal ou familiar será de bom agrado.


Quarto passo respire e não se preocupe com as particularidades individuais dos autistas, apenas dê atenção ao seu filho, nesse meio é muito comum mamães que já tem uma gigante sobrecarga com o Autismo de seus filhos dentro de quadros mais delicados transfiram esse peso para a sociedade, direta e indiretamente, (Sabemos e não vamos culpá-las) então aprenda a filtrar essas particularidades não se colocando em comparação com essas diferenças, para ficar mais entendível o Autismo não poderá ser utilizado como forma de comparação de mais ou menos particularidades, comorbidades ou condições coexistentes entre as mamães, papais ou cuidadores.


As comparações são algo bem comum na sociedade atual onde eu vejo pessoas brigando pelo filho que tem mais comorbidades, condições ou alto funcionamento, algo muito feio, porém muito comum entre os neurotípicos, devemos blindar essas características que separam cada vez mais a comunidade, respeitando cada Autista e seu meio.

Não aceite nenhum luto na sua vida, mas lute por ela.


Autista Jacson Marçal @jacsonfier nas redes sociais 🥰🥰


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