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Uma botinha ortopédica e um novo olhar

Uma botinha ortopédica e um novo olhar
Luana Joly
mai. 14 - 4 min de leitura
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Nesse mês de abril indo trabalhar, tive um acidente de trabalho. Cai e acabei tendo uma entorse no meu tornozelo direito. O médico recomendou o uso da botinha ortopédica (nome técnico robofoot)  por 5 semanas. 

Além das dores que eu sentia principalmente no início, tive que me deparar com algumas dificuldades, nas quais nunca tinha vivenciado antes, entre elas: andar nas calçadas , subir e descer de ônibus, subir e descer escadas, ter um ritmo mais lento para desenvolver as atividades do dia a dia.

Eu comecei a pensar e ver como muitas vezes a gente só da valor a coisas da vida, quando acontece algo. Passamos a ver como é difícil a locomoção e tudo em geral, depender da boa vontade das pessoas, nem todas são compreensivas e tolerantes. 

Além  dessa entorse que tive no tornozelo direito, tenho  artrite reumatoide desde os 18 anos, essa doença cronica faz com que o paciente  tenha que se adaptar à algumas situações, por exemplo usar salto alto apenas em festas, não andar demais, não fazer exercícios físicos que tenha um alto impacto , tomar medicação , não levantar peso, etc.

Lidar muitas vezes com o olhar de desconhecimento das outras pessoas ao meu redor pois muitas acham que só idosos que tem reumatismo, porem crianças e adolescentes podem ter artrite reumatoide. 

Quem tem artrite, quase sempre acorda de manhã com os punhos rígidos , mãos e dedos, quando está mais frio, sente mais dores nas articulações e o emocional reflete bastante também. Se estou passando por algum problema, já sei que me corpo ira desencadear dores. 

Alguns gestos, como movimento de pinça das mãos,  são um pouco complexos.  Abrir e fechar uma torneira, uma porta, até abrir uma latinha de refrigerante ou uma garrafa, são movimentos que muitas vezes gera maior dificuldade para fazer e maior tempo. Digitar também, pois tenho algumas sequelas na mão direita causada pela doença. Às vezes preciso de ajuda, quando não consigo com as  garrafas e potes. 

Hoje estou com 30 anos, e a artrite reumatoide eu tenho desde os 18. Tomo remédios, nunca tive problemas com o corticóide como inchar.

Hoje minha artrite está controlada, sei que não tem cura, porém com tratamento a gente consegue ter uma vida normal, é claro que sempre tenho que ter cuidados, porém não deixando de viver, realizar e desempenhar minhas atividades do dia a dia, trabalhando e estudando e vivendo um dia após o outro, da melhor maneira possível, dando valor às pequenas coisas da vida. 

Quanto a entorse de tornozelo, estou para tirar a botinha ortopédica e voltar ao ortopedista, por causa da artrite, demora mais para recuperação, com isso tive que me afastar momentaneamente do trabalho, pois no meu serviço tem muitas escadas.

O que eu tirei de lição de tudo isso é aproveitar cada momento das nossas vidas, o que os torna único.

Nesse tempo que estou em casa, estou aproveitando para ler, estudar, fazer minhas atividades de jornalismo, minha faculdade  que tanto gosto e ficar comigo mesma, pensar e me sentir bem . Isso é muito bom, gostar da sua própria companhia, é gratificante. Pois nesse tempo que estou em fase de recuperação , tem que relaxar por o pé pra cima e tentar não forçar o pé não andar muito. 

Então se você tiver nessa mesma situação que eu, aproveite para por seus livros e séries e filmes em dia, fazer coisas que você gosta. Pois esse momento irá passar então aproveite e tire o lado positivo disso. Não fique se culpando, acidentes acontecem com todo mundo, cabe a você ver o lado bom de tudo na vida.

Respeite seu tempo. 


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