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Retinopatia da prematuridade: Um desafio da neonatologia

Retinopatia da prematuridade: Um desafio da neonatologia
Marcelo Cavalcanti
jun. 17 - 3 min de leitura
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Olá Sou o Dr Marcelo Oftalmologista especialista em Retinopatia da Prematuridade (ROP).

 A ROP é uma das principais causa de cegueira evitável infantil em todo mundo.  O aumento da sua incidência se deve a melhoria na qualidade assistencial de prematuros extremos e com muito baixo peso ao nascimento, levando ao aumento considerável da sobrevivência dos neném.

A causa da ROP ainda não está totalmente esclarecida, durante muitos anos acreditou-se que apenas os elevados níveis de oxigênio estariam relacionados à doença, porém atualmente confirmou-se que apesar do controle rigoroso dos níveis de oxigênio oferecidos aos prematuros, estes pacientes desenvolviam a doença. Logo, estes fatos demonstraram que a ROP  é uma doença de causa multifatorial.

No processo de formação embrionária, a vascularização da retina se completa ao redor da 32ª a 40 a semana de gestação ou logo após o nascimento a termo. Após o nascimento, alguns recém nascido (RN) prematuros, necessitam de oxigênio suplementar que é oferecido ao RN e pode levar a interrupção do crescimento dos vasos que gera neovascularização indesejada da retina e causar a doença. Consequentemente, os bebês prematuros apresentam vascularização retínica incompleta.

A fotocoagulação a laser é considerada o tratamento para ROP.

Atualmente somos capazes de tratar a ROP em 90% dos casos, se detectarmos rapidamente o momento exato para iniciar o tratamento. Entretanto, há casos de retinopatia posterior agressiva, nos quais o laser isoladamente é incapaz de curar a doença e evitar a progressão para um descolamento de retina extremamente grave, levando à perda permanente da visão.

Nesses casos mais grave os Anti-VEGFs (Bevacizumabe (Avastin® ) ou Ranibizumabe (Lucentis®) pode ser uma opção viável no tratamento da Retinopatia da Prematuridade.

Esse tratamento tem se mostrado muito promissor.

O VEGF está envolvido nos processos que levam à formação da Retinopatia da Prematuridade. Por isso usar um os Anti-VEGFs.

É uma Tendência a um maior uso na ROP grave , é descrito como tratamento mais simples e mais efetivo em comparação com o laser convencional . Normalmente não necessita de anestesia geral ou sedação do prematuro.

Os Anti-VEGFs é uma opção viável no tratamento da Retinopatia da prematuridade.

Porém, Os efeitos sistêmicos do tratamento com os Anti-VEGFs em bebês ainda são desconhecidos.

A injeção de Anti-VEGF é “uma arma adicional” do tratamento da ROP, mas são necessários mais estudos controlados para avaliar o risco de possíveis complicações.

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