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Resumo de leitura. – Jacson Marçal Pereira de Jesus, O INFERNO DO DEVER – O DISCURSO DO OBSESSIVO.

Jacson Marçal
set. 8 - 5 min de leitura
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Resumo de leitura. – Jacson Marçal Pereira de Jesus, O INFERNO DO DEVER – O DISCURSO DO OBSESSIVO.



RESUMO ANALÍTICO.

A obsessão analisada por Freud tinha como princípio, partir do ambiente antes jamais presenciado, quais eram seus fundamentos, de onde surgiria tais obsessões, como poderia buscar fundamentos de mentes fechadas e direcionadas, nem mesmo os estudos lacanianos poderiam suprir essa abordagem. A psicanálise no seu início se mostrava muito frágil para tais analogias, se fazia simplória perante ao universo obsessivo ainda não investigado. O obsessivo tem como fundamento uma formidável máquina de pensar, sua complexidade tanto nos seduz quanto nos afasta, raramente ele atrai simpatia. Os não-tolos erram, a histeria não crê em ninguém, já obsessivo crê além de duvidar. Lacan, seminário 1973-1974. Antes de Freud a histeria era considerada um estado intermediário, um estado entre dois padrões, obsessivos eram considerados semiloucos, obsessão ocupava um estado limite entre pessoas que estariam a um passo do limite. Uma análise histórica das ideias de Kraepelin tentam ajudar os médicos a ganhar alguma perspectiva. Infelizmente, os historiadores sociais da psiquiatria têm pouco gosto por histórias de casos detalhados e parecem aceitar a visão de que, para Kraepelin, "uma pessoa mentalmente doente parece ser um conjunto de sintomas" (Zilboorg, 1941, p. 452; Decker, 1977).  Essa visão tem sido ecoada até por historiadores simpáticos: "o que se sente faltar na descrição de Kraepelin do quadro clínico é a 'psique'. Kraepelin, não há relação entre a obsessão e o delírio maníaco, depressivo, insano e paranóia,1976. Análise de psicólogos que adoram filosofia, se tornam terríveis metafísicos em comparação a análise de obsessão, precisamos criar um filtro central entre os setores, respeitando a linha da filosofia em meio ao seu enfático modelo de abordagem. A neurose obsessiva é uma espécie de defesa contra todo tipo de tentativas de aproximação ou de captura. Um sintoma nunca definiu uma estrutura, sendo a grande diferença do histérico para o obsessivo, o histérico organiza sua sintomatologia com o objetivo de afirmar sua objetividade, já o obsessivo organiza a sua linguagem para salvar sua subjetividade e não para se livrar dela, na obsessão tudo se produz no campo das ideias, na histeria a motivação inconsciente das condutas é motivada pelo prazer.

Toda mãe em seu processo de desenvoltura para com seu filho teria a influência primordial na participação do futuro de um possível quadro histérico de seu filho, na narrativa de estudo, Denise tenta demostrar que todo quadro evolutivo precisa passar pela absorção própria da vida, que a psicanálise pode ajudar dentro de suas normalidades a lidar com os mais diversos quadros histéricos, agressivos e incompreensíveis. Freud a todo momento se na necessidade de retroagir para conseguir entrar no modo incisivo da obsessão, onde em uma abordagem inicial começa a decifrar que todo modelo de neurose seja agrupado ou não precisa ser separada da obsessão, não deixando de fora a possibilidade de um quadro extremo de junção entre a obsessão e neurose. Na ligação direta temos os quadros mais simples, como os casos de TOC1 que podem incidir em um nível supra inferior, baseado em seu maior nível de afeição perante as estratégias de abordagem da psicanalise. Freud em comparação para quadros extremos nos demonstram quadros superiores de TPP2, onde a dúvida, criando mundos diferentes de sua realidade, abastecendo tudo que foi criado como divisor único, quando não tratado pode ser desencadeado para níveis graves de descontrole emocional em níveis extremos uma abordagem suicida. Lacan fez importantes observações sobre o enigmático mundo do obsessivo, existe grande risco de fazer um obsessivo cair um uma psicose perante a uma psicanálise mal interpretada. Talvez a psicanálise deva escutar o obsessivo de outra forma, de outra forma com total importância invés de deixar o obsessivo criar e não se destruir pela fala.

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REFERÊNCIAS:

________ O inferno do dever, O discurso obsessivo, Denise Lachaud, 2007.

1 Perturbação obsessiva-compulsiva (POC) ou transtorno obsessivo-compulsivo (TOC)  é uma perturbação mental caracterizada por obsessões e compulsões. As obsessões são pensamentos, impulsos ou imagens recorrentes que provocam na pessoa ansiedade ou mal-estar. A pessoa sente a necessidade de ignorar ou suprimir a ansiedade causada por essas obsessões através de pensamentos, rotinas ou atividades repetitivas denominadas compulsões ou rituais. American Psychiatric Publishing. 2013. pp. 237–242. 2 Transtorno de personalidade paranoide é um transtorno mental caracterizado por paranoia e por um padrão invasivo de desconfiança e suspeitas generalizadas em relação aos outros, interpretando as intenções dos outros como malévolas. Dentre os possíveis causadores do transtorno estão o excesso de ansiedade, experiências de agressividade frequentes na infância e adolescência (geralmente da família e/ou escola), cultura violenta e fatores genéticos. Se tornam pessoas difíceis de se conviver causando sérios prejuízos a seu desenvolvimento social, acadêmico, profissional e de relacionamentos amorosos saudáveis. Baltimore, Williams & Wilkins, 6th, 1995, pp. 1434-6. 


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