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Quando a ajuda vem do coração

Quando a ajuda vem do coração
Ananeli Ferrazza Delponte
jul. 1 - 3 min de leitura
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Olá! Sou irmã da Carla e mãe do Eduardo (4 anos ), primo do Leo. Eu e ela temos apenas 2 anos e meio de diferença de idade. Sempre fomos muito amigas uma da outra. Claro, que como qualquer irmã, sempre tivemos nossas brigas e discussões. Mas sempre fomos confidentes uma da outra. Por mais que demorássemos para nos acertar, dali a pouco já estávamos nos falando e nos ajudando novamente. Como em qualquer amizade verdadeira. Tudo em nossas vidas foi acontecendo ao mesmo tempo praticamente. Faculdade, trabalho, casamento, em fim, de tudo um pouco. Mas o mais incrível foi quando descobrimos que estávamos grávidas com a diferença de 1 mês apenas! Nossa! Ao mesmo tempo que nos perguntávamos como seria pra dividir nossa mãe nos cuidados com os bebês nos primeiros meses (kkkkkk), pois ela morava em SP e eu em Curitiba, também fazíamos planos com nossos filhos, pois teriam apenas 1 mês de diferença de idade! Foi então que nosso guerreirinho Leo, por alguma causa muito nobre em seu projeto espiritual, veio ao mundo com apenas 25 semanas de vida. E a partir dali, os nossos caminhos começaram a ficar cada vez mais divergentes. Pois a situação já era outra. A cada diagnóstico gerado, a incerteza de como seria o futuro do Leo ficava cada vez maior. Foi muito pesado para ela. Muito mesmo. Ao mesmo tempo que ela tinha que lidar com os cuidados do Leo na UTI, ela tinha que colocar sua cabeça em ordem. E nós, a família, entramos também em um mundo novo. Um mundo que só quem realmente está próximo entende como são as dificuldades que os pais de uma criança especial passam diariamente. Mas o que fazer? Como ajudar? O que nós, irmãos, pais, cunhados, a família em geral, poderíamos fazer para ajudar perante essa situação? As respostas para essas perguntas, na minha opinião, são as seguintes: faça. Faça o que você puder. Porque esses pais precisam de ajuda. A vida deles não é nada fácil. Se a vida com um filho sem qualquer patologia já tem suas superações diárias, a vida de pais com crianças especiais há muito mais. Mas ao mesmo tempo não se cobre por não estar conseguindo ajudar o quanto eles precisariam realmente naquele momento. Pois talvez você também tenha uma família pra cuidar. Uma família que precisa de você. Ou um trabalho ou emprego para manter. Ou qualquer outro propósito maior definido em sua vida que dependia de suas realizações. Isso é normal. A vida continua. Afinal, se você não procurar primeiramente a tua felicidade, você nunca conseguirá ajudar o próximo como ele merecia. O que quero dizer é: ajude sempre que puder. Quando for ajudar, faça dentro de suas possibilidades sempre, mas faça de coração. Se doe por inteiro naquele momento. Nem que seja apenas pra ouvir um desabafo de um dia pesado que chegou ao fim. Porque aos poucos, se todos que estão em volta desses pais desempenharem esse papel, dessa forma, fazendo o possível que puderem, quando puderem, mas com o coração, acredito que a vida deles ficará bem mais leve.


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