Meu primeiro contato de verdade com crianças especiais não foi com o nosso Leozinho mas sim no meu projeto comunitário que eu tinha que fazer durante minha formação acadêmica 2008.
Eu tinha inúmeras opções, mas algo fez com que eu escolhesse a FEPE ( Fundação Ecumênica de Proteção ao Excepcional). Foi a experiência mais intensa da minha vida.
Durante meu projeto comunitário eu vi crianças não apenas com síndrome de down, mas crianças cegas, surdas, autistas, com paralisia cerebral. E eu estava ali apenas para dar carinho e atenção, mas também fui muito amada por todos eles.
Foram dias de choque de realidade mesmo, pois lá eu acabei conhecendo a vida de cada um deles. Tinha famílias sem condições sanitárias básicas dentro casa, crianças que não tinham o que comer em casa e se alimentavam apenas na fundação, crianças que não tinham estrutura emocional das famílias.
Em 2011 me tornei mãe, da minha vida Yasmin, e ali pude puder relembrar os momentos em que tinha vivido durante meu projeto comunitário e realmente ter a consciência do que aquelas famílias passavam.
Então em 2012 Deus nos enviou o Léo, meu sobrinho, uma criança que lutou para viver desde quando estava na barriga da sua Mamãe. Mas que devido a algumas complicações foi diagnosticado com múltiplas deficiências.
Como já escrevi no post anterior eu precisava preparar a Yasmin para que ela não olhasse pra o Léo com pena e com diferença.
Tenho certeza que Deus me deu essa experiência com as crianças da FEPE para que eu pudesse exergar além do meu quadrado. Saber enxergar que todos somos iguais e não ter bloqueios.
Agradeço a Deus pelo Léo ter a família que ele têm, pois pode proporcionar pra ele o conforto e amor que ele tanto merece.
Sou apaixonada por esse gatinho, ele veio para acrescentar muito na minha vida. Amo quando chego pertinho dele e ele consegue reconhecer minha voz. E percebe que quem está ali é a tia Carol que é toda desajeitada quando inventa de dar comida kkkk.
Que Deus nos permita muitos anos ao seu lado.
Amo você Leooo ❣❣❣❣