Na relação humana o amor aparece como um dos principais afetos. E, podemos
continuar pensando que sim, pois o amor é uma invenção que torna possível ao
sujeito sustentar o lugar de sujeito desejante e, assim trocar sofrimentos
por saberes e criações, ou seja, ser autor de sua própria vida.
Vamos
contextualizar?
Quando
me refiro a um sujeito desejante, pense em pessoas que sentem falta, que
compreendem sua incompletude e, portanto, são movidos por um desejo que não
cessa, que impulsiona para as descobertas, para as criações, para a
aprendizagem, enfim para a vida.
Sendo
assim, não importa como nosso corpo é constituído, porque nesse corpo há um alguém
que quer, que busca e que sente. Um alguém que afeta e é afetado pela presença
do outro e que existe em si mesmo.
Por
isso, é muito importante que as pessoas que fazem parte do contexto social do
sujeito (família, professores, acolhedores, responsáveis) dê lugar para ele continuar
desejando e produzindo.
Mas,
de que produção estamos falando? Vamos pensar?
Curiosidade sobre a imagem da publicação (banda de Mobius): “O psicanalista Jacques Lacan, em seu trabalho de retorno à Freud desde a década de 1950, encontrou na banda de Möbius um importante recurso metafórico para interpretar a estrutura do aparelho psíquico...A figuração do aparelho psíquico em sua dimensão topológica criou uma descontinuidade na tradição filosófica ocidental desde Platão até Hegel pois instaurou a possibilidade de apreender o psiquismo para além da clássica dicotomia entre corpo (soma) e alma (psykhé), mundo sensível e mundo inteligível, exterior e interior, fora e dentro.”(https://marciomariguela.com.br/banda-de-mobius/)