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O Ikigai e as emoções do autista adulto

O Ikigai e as emoções do autista adulto
Felipe Gruetzmacher
jan. 23 - 3 min de leitura
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Sou Felipe Gruetzmacher, um jovem autista de 34 anos. Atuo como copywriter. Em tempos recentes, estudei sobre o Ikigai.

E foi algo que transformou minhas percepções sobre a vida e minhas emoções!

O livro Ikigai - os cinco passos para encontrar seu propósito de vida e ser mais feliz” do autor Ken Mogi define o Ikigai como um propósito que a pessoa encontra para usufruir de uma vida mais satisfatória.

A palavra consiste na união de “Iki” (viver) e “gai” (razão). Logo, a tradução ficaria como “razão para viver”. É o que me faz levantar todos os dias de manhã!

Procurar sobre um sentido para o meu viver impulsionou muito meu amadurecimento emocional e consegui uma maior evolução profissional. Sou um copywriter e minha missão é encantar pessoas com minha escrita. Em meu trabalho, crio muito conteúdo para as redes sociais direcionado para impactar pessoas com propostas de valor. Meu trabalho é uma parte bem específica que transita entre as vendas, marketing e comunicação.

Encontrar meu talento exigiu que eu seguisse os passos:

1. Começar pequeno sempre com foco no meu sonho;

2. Procurar um jeito próprio de ser feliz e me libertar das opiniões externas;

3. Estar em harmonia com as pessoas e cultivar relações sustentáveis;

4. Saborear a alegria das pequenas coisas;

5. Focar no meu presente.

O começo da minha carreira como copywriter exigiu pequenos passos, ouvir pessoas que me encorajaram, procurar pessoas que acrescentaram em meu desenvolvimento, ficar contente com minhas vitórias e aceitar meu presente.


Sempre seremos um misto de limitações e possibilidades, imperfeições e qualidades. O Ikigai facilita essa compreensão e a autoaceitação. O Ikigai não teve somente efeitos benéficos sobre minha direção profissional, pois me redescobri e me reinventei como ser humano.

Sinto-me mais esperançoso, encorajado a fazer amigos, testar novas coisas, experimentar novos hobbies e acreditar em mim mesmo. Essa resiliência adquirida com o autoconhecimento desperta o meu Kodawari. Essa palavra em japonês é a manifestação do orgulho de fazer algo com o máximo de esforço e persistência. Eu me orgulho de ser um copywriter e da pessoa que sou!

Num mundo com tantas pressões sociais, ostentação, pessoas lidando com conflitos internos e representando um falso papel no teatro da vida, consigo ouvir minha voz interior e me desvencilhar dessas cobranças autoimpostas do sucesso artificial.


Desenvolvi maior autoconhecimento, inteligência interpessoal e intrapessoal, assim como aprimorei minhas habilidades de lidar com as pessoas. Consigo ser mais honesto com meus sentimentos!


Até mesmo aprendi a diferença entre ser feliz e estar feliz! Uma pessoa pode ser triste apesar de estar momentaneamente feliz por algum motivo externo. Uma pessoa madura emocionalmente consegue ser feliz apesar dos ventos contrários e tristezas passageiras. O efeito terapêutico do estudo sobre o Ikigai teve impactos poderosos sobre minha autoestima e autopercepção.

Aconselho a todos e todas a buscar as virtudes e valores fundamentais para um bem viver. A filosofia do Ikigai pode apontar direções e facilitar a jornada de cada um.


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