Muitas pessoas vêm até mim, me perguntando, "Jacson como eu vou conseguir um Laudo" ou "Jacson meu médico disse que não sou Autista" também "Jacson qual idade correta para o diagnóstico" ou até "Jacson estou perdido por não conseguir me encontrar" sim são várias as formas e modelos de dúvidas, mas um único processo válido é seguro para o diagnóstico válido e seguro.
Para conceitos básicos o Laudo poderá ser dado apenas por um grupo restrito de profissionais, são eles: Psiquiatria Neuropsiquiatra, Neuropediatra, Neurologista, Pediatra (18 até 24 meses de vida).
Antes de entender esse conceito você precisa avaliar algumas características, que devem ser observadas no Autismo em algumas fases da vida para iniciar a triagem os profissionais médicos podem iniciar os protocolos pelo AAP, M-CHART R/F, CARS além do ATA esse será o primeiro passo para iniciar um diagnóstico válido e seguro, essas avaliações são mais direcionadas ao autismo infantil, esse profissional poderá alocar a criança em um pré registro com uma CID, F84.0 ? com uma possível interrogação, essa interrogação serve de balizador para um criterioso processo investigativo.
Nesse processo caso seja observado um diagnóstico tardio, em adolescentes e adultos, nunca aceite que o seu Autismo "É simples demais, não precisa se enquadrar" ou "Deixa pra lá é só um Autismo leve" muito menos "É só sua ansiedade ou depressão", gatilhos pequenos historicamente camuflam o Autismo por longos períodos da vida dificultando o devido apoio, lhe transformando em uma verdadeira esponja, por experiência própria a liberdade só será plena após a conclusão de um devido diagnóstico, avaliado por uma bancada médica profissional, em suma maioria diagnósticos tardios são acometidos em conjunto por TAG, Burnout, Pânico, TOC, TOD, TPB entre diversas outras características que já estão afetando a qualidade de vida de adolescentes e adultos.
Posteriormente o médico vai avaliar algumas características, para lhe auxiliar vou deixar aqui alguns traços que são facilmente identificados no Autismo infantil. Aos 4 meses de idade: *Não acompanha objetos que se movem na sua frente. *Não sorri para as pessoas. *Não leva as mãos ou objetos à boca. *Não responde a sons altos. *Não emite sons com a boca. *Não sustenta a cabeça. *Dificuldade para mover os olhos para todas as direções. *Perdeu habilidade que já possuía. Aos 6 meses de idade: Não tenta pegar objetos que estão próximos.
Não demonstra afeto por pessoas familiares. Não responde a sons emitidos próximos a ele. Não emite pequenas vocalizações. Não sorri ou dá risadas ou expressões alegres. Perdeu habilidades que já possuía. Aos 9 meses de idade: Não senta, mesmo com auxílio. Não balbucia. Não reconhece o próprio nome. Não reconhece pessoas familiares. Não olha para onde você aponta. Não passa os brinquedos de uma mão para outra. Não demonstra reciprocidade. Não responde às tentativas de interação.
Perdeu habilidades que já possuía. Aos 12 meses de idade: *Não faz contato visual. *Não engatinha. *Não fica em pé, quando segurado, *Não fala palavras como “papai” ou “mamãe”. *Não entende comandos como "dar tchau". *Não aponta para objetos. *Perdeu habilidades que já possuía. Aos 18 meses de idade: *Não anda. *Não fala pelo menos seis palavras. *Não aprende novas palavras. *Não expressa o que quer. *Não aponta para mostrar algo. *Não se importa quando o cuidador se afasta ou aproxima. *Não copia comportamentos. *Perdeu habilidades que já possuía. Aos 2 anos de idade: *Não fala frases com duas palavras que não sejam imitação (exemplo: quero água). *Não copia ações ou palavras. *Não segue instruções simples. *Não anda de forma equilibrada. *Não entende o que fazer com utensílios comuns como colher, telefone, escova de cabelo. *Perdeu habilidades que já possuía. Aos 3 anos de idade: *Cai muito ao andar. *Fala muito pobre ou incompreensível. *Não compreende comandos simples. *Não consegue brincar de faz de conta. *Não consegue brincar com brinquedos simples (exemplo: quebra-cabeça, Lego). *Não há interesse em brincar com outras crianças. *Perdeu habilidades que já possuía. Aos 4 anos de idade; *Não brinca com outras crianças. *Interage com poucas pessoas. *Resiste em trocar de roupas. *Não aprende histórias de faz de conta. *Tem dificuldades na fala. *Não entende comandos simples. *Não usa os pronomes “você" e "eu" corretamente. *Tem dificuldade em rabiscar um desenho. *Perdeu habilidades que já possuía. Traços mais simples que são identificados no Autismo adolescente e adulto: Aos 12 até 17 anos: *Rigidez. *TOD. *Agressividade. *Insônia. *Recuo Social. *Hipersensibilidade ou Hipo. Aos 18 anos para frente: *TAG *TOC *Transtorno Doloroso Somatoforme. *Transtorno de Personalidade borderline. *Trastorno de Personalidade narcisista. *Inabilidade Social. *Taquipsiquismo. *Bradipsiquismo. Dentro dessas características visualizamos negativas que podem ser observadas pela própria mamãe, papai ou cuidadores ou autistas. O Autista também poderá apresentar o extremo oposto (indiferente da idade) dessas características como possíveis potencialidades; *Atenção revigorada. *Sensitivo *Interesse restrito com crescimento gradual em temas específicos. *Interesse em idiomas *Interesse em rotinas e atividades manuais. *Excelente Memória *Conversas com palavras que contenham robustez para idade ou momento. *Interesse em artes. *Interesse em números. *Interesse em palavras *Interesse em Tecnologia. *Fala aos 5/6/7/8 meses de vida. *Entre vários outras potencialidades primárias.
Dentro dessa característica entre o trabalho profissional avaliativo e quantitativo para que possamos chegar ao devido diagnóstico, dentro dessas características será necessário seções de avaliação para potencialidades como Wasi, Wais e Haven além de demais testes que possa avaliar o Q.E (Quociente Emocional) e Q.A (Quociente de Adaptabilidade) segue alguns desses profissionais: Neuropsicólogo Psicopedagogo Psicólogo (Especializado em TEA) Etc.
Após avaliação e sondagem auxiliar o médico primário, que iniciou avaliação poderá encaminhar a criança, adolescentes ou adulto para alguns profissionais que devem avaliar questões gastrointestinais, cardiovasculares, hormonais, fonoaudiologia, terapias e outras demandas muito comuns no Autismo, indiferente de nível ou classificação: Fonoaudióloga Terapeuta Ocupacional Nútrologa (Nutricionista em conjunto) Endocrinologista Cardiologista Gastroenterologista Etc.
Dentro dessa avaliação, todos os laudos, documentos e estudos devem retornar para o médico inicial ou determinado para o tratamento, com isso o Autista receberá a sua classificação de Autismo, se for possível, dependendo de suas potencialidades e negativas a classificação do nível conforme DSM.5 além de possíveis outros enquadramentos para iniciar o tratamento devido. Vale lembrar que o diagnóstico significa liberdade, vários outros traços podem camuflar ou esconder o autismo para um diagnóstico tardio, processos ultrapassados por profissionais desatualizados também tendem a dificultar o diagnóstico do Autismo feminino que deve seguir rigorosas avaliações levando em consideração suas particularidades em relação a forma de pensar e agir, apresentadas de diferentes formas.
Autista Savant Jacson Marçal @jacsonfier nas redes sociais. Reference: New York: The Guilford Press, 1998. vention. New York: The Guilford Press, 1999. CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. Disponível em: http://www.cdc.gov/ncbd-dd/autism/index.html Acesso em: 10/09/2018. CLARK L. SOS Help for Parents: A practical guide for han- dling common everyday behavior problems. 2nd edition. Parents Press & SOS Programs, 2003. bioza DAWSON G., ROGERS J. S., MUNDSON J, SMITH M., WINTER J., GREENSON J., DONALDSON M., VARLEY. J. Randomized, controlled trial of an intervention for toddlers with autism: The EarlyStart Denver Model. Pediatrics. 2010. GREENE, R. The Explosive Child. 1st edition. Harper Collins Publishers, 2005. LEVY, R.; O'HANLON, B. Try and Make Me! Simple strategies that turn off the tantrums and create cooperation. Ist 10 edition. New American Library, 2001. Child. New York: Three Rivers Press, 2001. 2017; 80:13.