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"Meu Nome é Daniel": um filme obrigatório

"Meu Nome é Daniel": um filme obrigatório
André Nóbrega
out. 15 - 3 min de leitura
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Impossível escapar do apelo, do frisson causado pelo filme ‘’Coringa’’ (Joker). São muitos os motivos justificáveis, as qualidades contidas na história, que ao público parece não haver outra escolha se não achar um bom filme! Trata-se de um evento obrigatório ir ao cinema para ver o tão comentado longa-metragem. De fato, é um autêntico acontecimento artístico do qual se ousarmos escapar, fugir do chamado das telas, do burburinho espalhado por amigos, críticos, plateia, nos distanciaremos de uma experiência coletiva transformadora.

Correto?

Olha, essa seria não só uma resposta fácil, como uma premissa instantânea, lógica, não fosse por um detalhe: o filme ‘’Meu nome é Daniel’’ estreará dia 17 de outubro, nas salas de cinema de todo o país.

Óbvio, não tenho intenção de criticar sua agenda cinematográfica. De jeito nenhum. Mais do que legítimo você aplaudir a atuação extraordinária do Joaquim Phoenix na caracterização do vilão mais icônico dos quadrinhos. Desde que você não perca a oportunidade de ver o extraordinário documentário autobiográfico ‘’Meu nome é Daniel’’. Que não custa repetir, irá entrar em circuito na próxima quinta-feira, dia 17 de outubro.

Enquanto o Coringa, com todo o mérito, pompa, pode ser classificado como o filme do ano, "Meu Nome é Daniel" alcança outra dimensão. Ocupa a categoria de  obra fundadora, seminal, porque é o primeiro longa-metragem dirigido por uma pessoa com deficiência! Contudo, meus caros, ‘’Meu é Daniel’’ é muito mais do que isso.

Importante fazer uma observação para a apreciação do filme. O diretor do documentário é o próprio protagonista das ações. Já temos, de imediato, uma noção enorme de empoderamento. Lembra da máxima ‘’Nada sobre nós, sem nós”? "O grito do Ipiranga" da causa inclusiva, marco histórico demarcador da nossa luta por inclusão e direitos, enunciador de um novo tempo! Onde ultrapassamos da integração aceita pela sociedade para um momento de real inclusão.

Engana-se, no entanto, quem pensar estar diante de um reconhecido enredo amanteigado, limitado e comum ao de uma "Sessão da Tarde". O fluxo ocorre por gradações bem mais aprofundadas. Não conseguimos resistir ao mérito da obra, a sedução de uma narrativa irresistível. Somos eclipsados desde o primeiro frame, instante, pela atmosfera contada no documentário.

Entre risos, flagrantes do cotidiano, da história do cineasta, emerge uma investigação profunda, íntima sobre qual seria o seu diagnóstico, o termo médico capaz de definir a sua condição. Daniel, porém, assume outra postura: a de artista autêntico, sem medo de desnudar-se frente ao público, para contar uma história. Ele percorrer um caminho com audácia, talento, uma convicção absoluta na efetividade das nossas expressões.

É bonito de ver a clara representatividade nas telas, marco fundamental para todos os futuros cineastas com deficiência. Como se não bastasse, ‘’Meu nome é Daniel’’ pode ser o representante brasileiro a disputar o Oscar do ano que vem. Sim, porque desde quando começou a ser exibido no circuito dos festivais, o filme arrebatou vários prêmios. Tanto nacionais, quanto internacionais e vem emocionando o público, a crítica, por onde quer que passe.

Quer ter certeza disso tudo que falei? Então, não deixe de ir assistir e se deixe "levar sem medo para dentro" desse filme. Deixo aqui o trailer do filme e prepare-se para ser surpreendido. Um abraço para todos.

 


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