Na última sexta-feira (7/2), Recife coroou pela primeira vez um rei e uma rainha com deficiência para o seu carnaval. A iniciativa da prefeitura recifense é inédita, faz parte das preparações do carnaval e tem como objetivo garantir acesso a cultura e lazer para pessoas com deficiência (PCD). Puderam participar desse concurso apenas pessoas com síndrome de down, mas a partir do ano que vem será aberto para todas as PCDs.
O Carnaval 2020 do Recife terá como rei PCD o servidor público Caio Antônio de Assis Rocha, 27 anos, e como rainha PCD a esteticista Zemili Kasala Santos, 28 anos. Eles disputaram o título com outras 37 pessoas, sendo 20 para o posto de rainha e 17 para o de rei.
A rainha, Zemili Kasala, é formada em estética e cosmetologia e sonhava com o posto de majestade do carnaval do Recife por amar o período festivo. Aluno há três anos da Escola de Frevo do Recife, o rei, Caio Antônio, trabalha no Palácio do Campo das Princesas, sede do governo estadual. Ele conquistou os jurados com a execução de uma dança ao som da Orquestra Clave. “Eu amo frevo”, disse o passista.
“A criação desse concurso foi uma inovação importante para garantir à pessoa com deficiência o acesso à cultura e ao lazer. O carnaval é uma festa que é referência para o povo do Recife, e as pessoas com deficiência não podiam ficar de fora”, afirmou a secretária de Desenvolvimento Social, Juventude, Política Sobre Drogas e Direitos Humanos, Ana Rita Suasssuna.
Os participantes foram julgados por um corpo de jurados formado por quatro pessoas. Intérpretes de Língua Brasileira de Sinais (Libras) fizeram a tradução simultânea para uma plateia formada por pessoas de várias idades. Parte do público era formado por pessoas com deficiência convidadas para assistir ao evento. Além do título, os vencedores ganharam R$ 4 mil como prêmio.
Além da realeza PCD, haverá a tradicional corte momesca.
*Com informações do Diário de Pernambuco