A Disfagia pode ser resultado de uma anormalidade anatômica ou funcional em qualquer estrutura e fase do processo de deglutição. Normalmente é ocasionada por uma doença de base como por exemplo: Acidente Vascular Cerebral (AVC), Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVCI), Hidrocefalia, Paralisia Cerebral (PC), Atrofia Muscular, Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), Síndromes, Alzheimer, traumas, Parkinson, câncer de cabeça e pescoço, entre outras patologias.
Faixa etária
A DISFAGIA acomete recém-nascidos, crianças, adultos, sendo mais frequente na vida idosa no decorrer do processo de envelhecimento.
As causas frequentes de Disfagia em crianças são: prematuridade, anomalias do sistema digestório e respiratório, defeitos congênitos da cavidade oral, laringe, traqueia e esôfago, defeitos anatômicos adquiridos, distúrbios do desenvolvimento neuromotor, desordens traumáticas neuromotoras, privação de alimentação oral por longo prazo, problemas respiratórios, problemas cardíacos e problemas alimentares comportamentais.
As causas frequentes de Disfagia em adultos são: distrofias musculares, demência, cirurgia de cabeça e pescoço, doenças sistêmicas (AIDS), doenças da coluna cervical, efeitos de medicamentos como: antidepressivos, antibióticos e quimioterápicos, mudanças senis no sistema sensório-motor, doenças neurológicas.
Tipos de Disfagia
Existem três tipos Disfagia a mecânica, a neurogênica e a mista.
A Disfagia Mecânica é aquela que o controle neurológico central e os nervos periféricos estão intactos, mas as estruturas anatômicas estão alteradas.
A Disfagia Neurogênica é aquela que o controle neurológico central e os nervos periféricos estão alterados, mas as estruturas anatômicas estão intactas.
A Disfagia Mista é aquela que o controle neurológico central e os nervos periféricos estão alterados, mas as estruturas anatômicas estão também alteradas.
As classificações
Podemos classificar a Disfagia em orofaríngea e esofagiana. Vejamos as diferenças:
A Disfagia Orofaríngea é quando as alterações dizem respeito às fases oral e ou faríngea da deglutição, sendo denominada orofaríngea ou alta.
A Disfagia Esofagiana é quando as alterações na fase esofagiana da deglutição, a disfagia é denominada esofagiana ou baixa.
O tratamento
O tratamento da Disfagia é de reabilitação da deglutição e deve ser realizada por um fonoaudiólogo que atuará com exercícios, eletroestimulação, laserterapia entre outras propostas terapêuticas. Essa atividade será alinhada com o médico e nutricionista que acompanham o caso do paciente.
O tratamento tem começo, meio e fim para doenças não degenerativas e duram em média 35 sessões, o que pode variar de acordo com quadro clínico do paciente e o estágio da doença. O plano terapêutico também é baseado em alguns exames complementares, quando necessário, como o videodeglutograma.
Em casos de doenças degenerativas o acompanhamento de fonoaudiólogo é essencial e o paciente deve ter um plano terapêutico com sessões duas ou três vezes por semana ou até mesmo diário. Isso vai variar de acordo com a patologia e grau de acometimento.
Elizangela Aparecida Barbosa, fonoaudióloga, gestora da franquia da BIOHOUSE Terapias e professora do CURSO SOBRE DISFAGIA.