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Dicas de como escolher o terapeuta ideal para a criança com deficiência

Dicas de como escolher o terapeuta ideal para a criança com deficiência
Mundo Adaptado
mar. 28 - 12 min de leitura
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Quando se trata de encontrar o terapeuta ideal para a criança com deficiência, é importante que os pais ou cuidadores levem em consideração vários fatores.  A escolha de um terapeuta pode ter um impacto significativo no desenvolvimento da criança, por isso é crucial escolher um profissional qualificado e experiente.

Aqui estão algumas dicas úteis para ajudar a encontrar o terapeuta ideal para seu filho:

1. Pesquise e pergunte por recomendações

Pesquise online para encontrar terapeutas com experiência em trabalhar com crianças com deficiências. Procure em sites especializados e grupos de discussão nas redes sociais sobre o assunto, onde as pessoas podem compartilhar suas experiências e recomendações de terapeutas. Além disso, pergunte a amigos e familiares se eles conhecem algum terapeuta que possam recomendar.

2. Verifique a formação e a experiência do terapeuta

Certifique-se de que o terapeuta tenha formação e experiência na área em que sua criança precisa de ajuda, não tenha vergonha de perguntar, o terapeuta está acostumado a responder esse tipo de pergunta, além disso, é de extrema importância que seu filho(a) seja atendido por alguém que seja capacitado para o que está sendo solicitado pelo médico.  Um terapeuta qualificado deve ter uma licença para exercer a profissão e pode ter especialização em terapia ocupacional, Fisioterapia, Terapia da fala (Fono), Psicologia, Educação Física, Musicoterapia, Reabilitação Visual ou outras áreas relacionadas à deficiência.

3. Verifique se o terapeuta tem boas habilidades de comunicação

O terapeuta ideal deve ter boas habilidades de comunicação para se comunicar com a criança e com os pais ou cuidadores. Eles devem ser capazes de explicar claramente os objetivos do tratamento, a estratégia utilizada, e estar dispostos a responder a quaisquer perguntas ou preocupações que os pais possam ter, inclusive apresentar um plano terapêutico, que deve ser avaliado de tempos em tempos pelos pais e profissionais para entender a evolução da criança.

4. Considere a localização e o custo

Encontrar um terapeuta próximo ao local de residência da família pode ser conveniente e ajudar a minimizar o estresse da criança. Além disso, é importante levar em consideração o custo do tratamento, certificando-se de que o terapeuta escolhido está dentro do orçamento da família.

5. Observe a empatia e o envolvimento do terapeuta

Um terapeuta deve estar envolvido e mostrar empatia com a criança, reconhecendo suas necessidades e interesses. Observe como o terapeuta se comunica com a criança, se ele é capaz de motivá-la, e se a criança parece gostar de trabalhar com ele. O terapeuta também deve ser capaz de se adaptar às necessidades individuais da criança, fornecendo um tratamento personalizado e eficaz.

Abaixo listamos alguns exemplos de terapias mais procuradas para crianças com deficiência, como Paralisia Cerebral, Autismo,  Mielomeningocele e outras deficiências.


Terapia ocupacional:

Integração Sensorial: essa especialização ajuda os terapeutas a trabalhar com crianças que têm dificuldades em processar informações sensoriais, como toque, som e luz.

TRE (Terapia de Restrição e Indução do Movimento): essa especialização ajuda os terapeutas a trabalhar com crianças que têm comprometimento motor de um lado do corpo, como em casos de paralisia cerebral, através da restrição do movimento do membro oposto para estimular a movimentação do lado comprometido.


Fisioterapia

Neurológica: essa especialização ajuda os fisioterapeutas a trabalhar com crianças que têm lesões neurológicas, como paralisia cerebral e derrames, através de técnicas de reabilitação neuromotora.

Respiratória: essa especialização ajuda os fisioterapeutas a trabalhar com crianças que têm problemas respiratórios, como asma e fibrose cística, através de técnicas de fisioterapia respiratória.


Psicologia: Análise do comportamento aplicada (ABA): essa especialização ajuda os psicólogos a trabalhar com crianças com autismo, desenvolvendo e implementando programas comportamentais específicos para cada criança. Neuropsicologia: essa especialização ajuda os psicólogos a trabalhar com crianças que têm lesões cerebrais, como traumatismo craniano e derrames, através da avaliação e reabilitação neuropsicológica.


Fonoaudiologia (terapia da fala)

Disfagia: essa especialização ajuda os terapeutas da fala a trabalhar com crianças que têm problemas de deglutição, através de técnicas de reabilitação e adaptações alimentares.

Comunicação Alternativa e Ampliada (CAA): essa especialização ajuda os terapeutas da fala a trabalhar com crianças que têm dificuldades de comunicação oral, desenvolvendo e implementando sistemas alternativos de comunicação, como placas de comunicação e softwares de comunicação.


Pedagogia

Educação Inclusiva: essa especialização ajuda os pedagogos a trabalhar com crianças com deficiência em ambientes escolares inclusivos, adaptando as estratégias de ensino e desenvolvendo recursos didáticos específicos.

Alfabetização e Letramento: essa especialização ajuda os pedagogos a trabalhar com crianças que têm dificuldades em leitura e escrita, desenvolvendo estratégias específicas de ensino e estimulando o interesse pela leitura e escrita.


Educação física 

Paradesporto: essa especialização ajuda os profissionais de educação física a trabalhar com crianças que têm deficiências físicas, desenvolvendo e implementando programas de atividades físicas adaptadas para cada criança.

Atividades aquáticas adaptadas: essa especialização ajuda os profissionais de educação física a trabalhar com crianças que têm deficiências físicas, desenvolvendo e implementando programas de atividades físicas na água, que proporcionam maior liberdade de movimento e menor impacto nas articulações.


Musicoterapia:  é uma especialização que ajuda os profissionais a trabalhar com crianças com deficiência através da utilização da música como ferramenta terapêutica. Através de atividades musicais específicas, a musicoterapia ajuda a promover a comunicação, a coordenação motora e a expressão emocional das crianças, além de estimular a criatividade e a socialização.


Arteterapia: é uma especialização que ajuda os profissionais a trabalhar com crianças com deficiência através da utilização da arte como ferramenta terapêutica. Através de atividades artísticas específicas, a arteterapia ajuda a promover a expressão emocional, a autoestima e a criatividade das crianças, além de estimular a coordenação motora e a percepção visual.


Equoterapia: A equoterapia é uma especialização que ajuda os profissionais a trabalhar com crianças com deficiência através da utilização do cavalo como ferramenta terapêutica. Através de atividades específicas realizadas em cima do cavalo, a equoterapia ajuda a promover a coordenação motora, o equilíbrio, a percepção sensorial e a autoestima das crianças, além de estimular a socialização e a comunicação.


Existem diversas especializações terapêuticas que podem ser realizadas por diferentes profissionais da saúde, como fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos e psicólogos, entre outros. Isso ocorre porque essas especializações estão voltadas para o tratamento de condições específicas, como paralisia cerebral e autismo, que podem exigir abordagens interdisciplinares.

Ao trabalharem juntos, com uma mesma especialização cada um, esses profissionais podem oferecer um tratamento mais abrangente e personalizado para seus pacientes, ajudando-os a alcançar melhores resultados. Por exemplo, um paciente com paralisia cerebral pode se beneficiar da abordagem de Bobath, que pode ser realizada por fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos e outros profissionais, dependendo da abordagem adotada.

Em resumo, as especializações terapêuticas podem ser realizadas por diversos profissionais da saúde, permitindo uma abordagem mais ampla e interdisciplinar para o tratamento de condições específicas.  É importante reconhecer que ter diversas especializações não necessariamente torna um profissional melhor ou mais competente do que outro que não as possui. Cada terapeuta tem seu próprio conjunto de habilidades e experiências que podem ser valiosas para seus pacientes. No entanto, ter especializações pode indicar que um terapeuta investiu tempo e esforço para se aprimorar em áreas específicas, o que pode ser uma vantagem em determinadas situações clínicas. Além disso, essas especializações podem permitir que o terapeuta trate uma variedade maior de pacientes e condições, o que pode ser benéfico tanto para o terapeuta quanto para seus pacientes.

Ter diversas especializações pode ser um indicativo de dedicação e comprometimento do terapeuta em aprimorar suas habilidades e atender melhor seus pacientes, mas não deve ser visto como um fator determinante na qualidade do trabalho do profissional.   Veja  abaixo alguns exemplos de especializações que podem agregar valor aos profissionais da área terapêutica:

  • Bobath: é uma abordagem terapêutica que utiliza técnicas de inibição e facilitação para melhorar o controle postural e o movimento em crianças com paralisia cerebral. O método é baseado na neuroplasticidade, ou seja, na capacidade do cérebro de reorganizar as suas conexões neurais para melhorar o controle motor.
  • Medec: é uma técnica que utiliza o estiramento passivo dos músculos para melhorar a flexibilidade e o controle motor em crianças com paralisia cerebral.
  • Eletroestimulação: é uma técnica que utiliza impulsos elétricos para estimular a contração muscular em crianças com fraqueza muscular, como em casos de paralisia cerebral. A eletroestimulação pode ser realizada de forma invasiva, com eletrodos implantados no músculo, ou não invasiva, com eletrodos externos.
  • Psicomotricidade: é uma abordagem terapêutica que utiliza atividades lúdicas e corporais para melhorar a integração sensorial, a coordenação motora e o controle postural em crianças com paralisia cerebral ou autismo.
  • Therasuit: é um traje terapêutico que ajuda a melhorar o alinhamento postural e o controle motor em crianças com paralisia cerebral. O traje exerce uma pressão suave nos músculos e articulações, proporcionando feedback sensorial para a criança.
  • Pedia Suit: é outro traje terapêutico que ajuda a melhorar o alinhamento postural e o controle motor em crianças com paralisia cerebral. O traje é composto por uma série de elásticos que são ajustados de acordo com as necessidades individuais da criança.
  • ABA (Análise do Comportamento Aplicada): é uma abordagem terapêutica que utiliza princípios da psicologia comportamental para desenvolver programas de intervenção específicos para crianças com autismo. O objetivo da terapia é melhorar as habilidades sociais, comunicativas e comportamentais da criança.
  • TEACCH (Tratamento e Educação de Autistas e Crianças com Deficiências Relacionadas na Comunicação): é uma abordagem terapêutica que utiliza técnicas de estruturação do ambiente e de comunicação visual para melhorar a compreensão e a adaptação da criança com autismo ao ambiente ao seu redor.
  • Kinesio Taping: é uma técnica que utiliza fitas adesivas especiais para melhorar o controle muscular e a mobilidade em crianças com paralisia cerebral ou mielomeningocele. As fitas são aplicadas sobre a pele, em pontos específicos do corpo, de acordo com as necessidades individuais da criança.
  • Comunicação Alternativa e Ampliada (CAA): é uma abordagem terapêutica que utiliza recursos de comunicação visual, como placas de comunicação, pictogramas e softwares de comunicação, para melhorar a comunicação de crianças com autismo ou outras deficiências que afetam a

Cada especialização tem seus objetivos específicos e técnicas próprias, mas todas têm em comum o objetivo de ajudar as crianças com deficiência a desenvolverem suas habilidades e a superarem seus desafios, de forma a alcançarem um maior grau de independência e qualidade de vida. A escolha da especialização mais adequada deve levar em conta as necessidades individuais de cada criança e ser feita em conjunto com a equipe multidisciplinar que acompanha o caso.

Encontrar o terapeuta ideal para a criança com deficiência pode ser um desafio, mas com as dicas certas, é possível encontrar um profissional qualificado e experiente para ajudar a criança a desenvolver suas habilidades e potencial.

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