Olá, pessoal!
Estava pensando sobre qual tema escrever para vocês nesse post que pudesse agregar algo ao dia de vocês. Então, vi a postagem de uma amiga que tem um filho com PTC (Pé Torto Congênito) contando que o bebê engatinhou contrariando todos os médicos que disseram recentemente: "só daqui uns cinco meses ele vai conseguir".
Na hora eu me lembrei do que aconteceu comigo na época que eu estava com o Pedro na UTI. Me lembro bem quando o chefe da UTI Neonatal me falou "vamos fazer o melhor que pudermos, mas não podemos garantir nada. O estado dele é grave". Um abismo abriu no chão daquele hospital.
Me recordei também do dia que passamos por uma neurologista bastante profissional que me disse ser impossível prever se ele sentaria um dia sem apoio, andaria, falaria. "Podemos fazer uma tomografia para ver o tamanho da mancha que ele tem no cérebro. Porém, ele pode ter um micro ponto e nunca ter uma vida normal. Ou ter uma mancha grande e encontrar meios para andar, falar...". Saí do consultório fingindo naturalidade, porém, desabei no carro porque eu ouvi o que no fundo já sabia.
É duro receber diagnósticos. Só não é pior do que ficar sem nenhum. Continuei com todas as terapias, estímulos e esperança. Sim, a esperança é amiga das mães, pais, familiares e profissionais que têm alguém com deficiência em suas vidas. Sem ela, é impossível manter ou melhorar a qualidade de vida dessas pessoas. Sem ela não temos a coragem para enfrentar as consultas, terapias, noites em claro e de esperar por dias melhores. E sem ser menos importe, sem ela perdemos a chance de contrariar a lógica e a generalização que muitas vezes acontece na medicina!
E por que eu digo isso? Meu filho, e tantos outros guerreirinhos e guerreirinhas, estão por aí nesse país, nesse mundo, mostrando que "diagnóstico não é destino"! Todos os dias vemos avanços tecnológicos, biológicos, terapêuticos e providências Divinas.
Este é o meu filho, Pedro. Prematuro de 25 semanas, nascido com 770g de peso e 29,5 cm de comprimento. Considerado prematuro extremo e de alto risco, sentou sem apoio com nove meses e andou com quase quatro anos. Não bastasse isso, seu canal arterial do coração fechou espontaneamente depois de mais de 60 dias de nascido quando os médicos já tinham descartado essa opção e previam uma cirurgia anos mais tarde em sua infância.
Então, a mensagem que eu queria deixar para vocês hoje é essa: diagnóstico não é destino! Coragem e vamos em frente.