O vírus dengue (DENV) é um arbovírus transmitido pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti contaminada e possui quatro sorotipos diferentes (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4). O período do ano com maior transmissão da doença ocorre nos meses mais chuvosos de cada região.
Os principais sintomas da dengue são:
• Febre alta > 38°C;
• Dor no corpo e articulações;
• Dor atrás dos olhos;
• Mal estar;
• Falta de apetite;
• Dor de cabeça;
• Manchas vermelhas no corpo.
A fase crítica tem início com o declínio da febre (período de defervescência), entre o 3° e o 7° dia do início de sintomas. Os sinais de alarme, quando presentes, ocorrem nessa fase.
A maioria deles é resultante do aumento da permeabilidade capilar. essa condição marca o início da piora clínica do paciente e sua possível evolução para o choque, por extravasamento plasmático. Sem a identificação e o correto manejo nessa fase, alguns pacientes podem evoluir para as formas graves.
O termo dengue hemorrágico está em desuso por este motivo, a piora não é pela hemorragia Diagnostico Vai depender do tempo de início da doença
• Até 5 dias: NS1 Teste Rápido ou PCR (plasma)
• Após 5 dias: Sorologia IG G e IGM Diagnostico diferencial Doenças exantemáticas (grosseirão), leptospirose (doença da urina do rato), Chikungunya, Zika, Sarampo, Covid -19 ou em qualquer febre a esclarecer.
Este é um sinal importante para estabelecer o diagnóstico, lembrando que a dengue está presente em todas as regiões do Brasil, e não apenas aqueles que viajaram, há casos autóctones (vindo da própria região).
Tratamento Antitérmicos e analgésicos que contêm em sua fórmula ácido acetilsalicílico, como a aspirina, ou anti-inflamatórios devem ser evitados Hidratação com líquidos 2/3 e reidratantes orais 1/3 .
Prevenção:
• Proteger as áreas do corpo que o mosquito possa picar, com o uso de calças e camisas de mangas compridas; cores claras
• Usar repelentes à base de DEET (N-N-dietilmetatoluamida), IR3535 ou de Icaridina nas partes expostas do corpo. Também pode ser aplicado sobre as roupas. Seguro na gestação.
Em crianças menores de 2 anos de idade, não é recomendado o uso de repelente sem orientação médica.
Para crianças entre 2 e 12 anos, usar concentrações até 10% de DEET, no máximo 3 vezes ao dia;
• A utilização de mosquiteiros sobre a cama, uso de telas em portas e janelas e, quando disponível, ar-condicionado.
• Evitar água parada como criadouro de mosquitos O Brasil é o primeiro país do mundo a oferecer o imunizante no sistema público de saúde. Atualmente, existem duas vacinas contra a dengue no Brasil. Ambas são atenuadas e previnem a infecção causada pelos quatro sorotipos do vírus.
• Dengvaxia® (Sanofi) - até 25 meses após a terceira dose: cerca de 65% de eficácia para doença sintomática; 79% para dengue grave; 93% para dengue hemorrágica e mais de 80% para internação.
• QDenga® (Takeda) – até 54 meses após a segunda dose: cerca de 63% de eficácia para doença sintomática de qualquer gravidade e 85% para internação.
Indicação Dengvaxia®: crianças a partir de 6 anos de idade, adolescentes e adultos até 45 anos. A vacina é recomendada somente para pessoas previamente infectadas por um dos vírus da dengue (soropositivos).
QDenga®: crianças a partir de 4 anos de idade, adolescentes e adultos até 60 anos, tanto soronegativos como soropositivos para dengue. Contraindicações
• Alergia grave (anafilaxia) a algum dos componentes da vacina;
• Gestantes;
• Mulheres amamentando;
• Imunodeficiências primárias ou adquirida, incluindo terapias imunossupressoras;
• Pessoas que vivem com o vírus HIV, sintomáticas ou assintomática, quando acompanhado por evidência de função imunológica comprometida.
Importante: A Dengvaxia® também é contraindicada para pessoas sem contato prévio com o vírus da dengue (soronegativos).
Esquema de doses Dengvaxia®: três doses, com intervalo de seis meses. QDenga®: duas doses, com intervalo de três meses.
Via de aplicação: Subcutânea
Efeitos colaterais: Dor Muscular ou nas Articulações, erupções cutâneas, náuseas.