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Como meu Milagre aconteceu (parte 1)

Como meu Milagre aconteceu (parte 1)
Viviane Alves de Cerqueira Almeida Pereira
jun. 22 - 4 min de leitura
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Rafael, meu milagrinho.

Olá meu nome é Viviane, e acreditem, sou mãe de dois prematurinhos.

Bom quando tive minha primeira filha aos 22 anos, levei o maior susto pois a Bianca nasceu com 26 semanas de gestação, pesando 1.270kg e com 38 cm, grande né. Imaginem foi aquele susto na família toda. E fiquei com ela na UIT NEO por 58 dias, porem ela não teve nenhuma intercorrência, ficou somente para crescer e desenvolver, siando de lá com 2.950 kg, e a vida seguiu normalmente, rsrsrrs na verdade na medida do possível, afinal era uma prematura e tinha alguns cuidados a mais por não ter os anticorpos suficientes. Mas seguimos em frente.

Hoje estou com 34 anos, e com um Maluquinho de 4 aninhos (Rafinha), e acreditem também nasceu prematuro, porem de 32 semanas, mas pesava somente 1.110Kg e media 37 cm.

Tive a vontade de escrever sobre a vivencia na Uti, mas nunca levei adiante e somente relatava a todos que conhecia o que ocorreu conosco naquela uti. Mas hoje dia 20-06-17, conversando com minha amiga Carla Delponte, que colocou um post no face pedindo para compartilharmos nossos momentos de Uti Neo. Tomei coragem e aqui estou eu para lhes contar o que vivemos e o que aprendemos no momento mais delicado, mais intenso, mais fantástico e assustador ao mesmo tempo.

Eu demorei 7 anos para engravidar novamente, por muitos aspectos, o pai da Bianca não queria mais filhos pois tinha medo de passar por tudo de novo, após 6 anos nós nos separamos e aí pensei comigo mesma, agora que vai ficar mais difícil de ter outro filho, embora quisesse muito. E aí Deus colocou em meu caminho o Danillo, pai do Rafinha. Nos conhecemos nos apaixonamos e logo estávamos pensando em ter um filho juntos.

Após seis meses eu engravidei, era tudo tão rápido e intenso, que nem acreditava. Mas tudo que é intenso, quando acaba nos destrói. Estava eu entrando no sexto mês de gravidez, até aí estava tudo bem, mesmo com um medo de passar por tudo novamente, meu médico falava que estava tudo bem, e que eu não precisava me preocupar.

E foi assim que tudo começou, ele se foi e minha vida virou de cabeça para baixo, tive depressão, passei muito mal, não tinha força para ver o que de melhor eu tinha. Tinha uma filha linda um bom emprego, e um bebe a caminho. Mas só conseguia enxergar o que havia perdido. Bom foram dois meses de sofrimento, indo quase todos os dias ao médico, pois o Rafinha nem mexia mais dentro da barriga, e isso me assustava mais ainda.

Até o dia 01-09-12, quando fui fazer um exame de ultrassom com doopler digital, para saber como realmente estava meu bebezinho. E no exame saiu que ele estava pequeno demais e que não estava recebendo a quantidade suficiente de sangue pelo cordão umbilical. E aí fui direto para o hospital Santa Catarina, aonde meu obstetra indicou. Cheguei lá as 9:00 da manhã, e fiquei até as 19:00 em jejum absoluto (uma fome doida). Quando deu 19:45 meu pequeno nasceu (foi tirado né), ele nasceu com 1.110 kg e 37 cm, mais leve e menor que minha primeira que nasceu mais cedo que ele.

Foi encaminhado para UTINEO, aonde ficou tendo toda atenção necessária, mas já respirava sozinho, só era pequeno mesmo. Como já havia estado em uma Utineo, não me desesperei, muito pelo contrário aquele lugar não me dava medo, eu tinha boas recordações de lá.

Bom procurei chegar de forma normal, sem choros, pois afinal, qual mãe tem o privilégio de poder ver o rostinho do seu filho antes dele nascer? Era assim que gostava de pensar, que eles estavam ali somente para terminar decrescer e desenvolver. Assim os dias eram mais fáceis.


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