Com o projeto de um carro elétrico voltado a pessoas com dificuldades motoras, estudantes da Universidade Feevale, no Rio Grande do Sul, acabam de conquistar o prêmio de melhor projeto, inovação, análise de custo e modelo de negócio durante o concurso internacional Renault Experience, em Paris, na França. Devido à premiação, os alunos participarão do Consumer Electronics Show, evento de inovação automobilística, que ocorrerá em janeiro de 2020, em Las Vegas, Estados Unidos, com todas as despesas custeadas.
“A ideia de montar o carro acessível veio logo que montamos a equipe. Queríamos fazer uma proposta inovadora que nenhuma montadora tivesse feito antes: trazer dignidade e mobilidade para pessoas com deficiência”, conta um dos integrantes do projeto, Felipe Machado, estudante do curso de Design.
O carro, batizado de OrniTwizy, é voltado a pessoas com dificuldades motoras, utiliza apenas energia elétrica e é um veículo para duas pessoas, pequeno e leve. Através de um sistema pivotante, o assento do motorista se desloca para fora do veículo. Com isso, o cadeirante consegue sair da cadeira de rodas, sentar-se ao volante e fechar o cinto de segurança do lado de fora. Depois, ele conecta a cadeira em um anexo do lado direito e pode guiar sem depender de alguém. Também possui um sistema logado para aceleração e frenagem manual, o que permite a qualquer pessoa com dificuldade de mobilidade (amputados ou anões) guiar o mesmo veículo que pessoas sem problemas de mobilidade.
Além do carro, a equipe formada pelos estudantes Felipe Machado (Design), Jonata Rocha Fett (Engenharia Eletrônica), Matheus Furlan da Silva (Engenharia de Produção), Nickolas Augusto Both (Engenharia Eletrônica) e Marco Antônio Fröhlich (graduado em Engenharia Mecânica e mestrando em Tecnologia de Materiais e Processos Industriais), também criou um aplicativo que permitirá ao usuário de cadeira de rodas alugar o carro futuramente. Esse aplicativo pretende localizar o veículo mais próximo e informar até o nível da bateria. Não é incrível?
A proposta é que os cadeirantes tenham uma taxa reduzida para serem locatários do veículo e não tenham a necessidade de se deslocar até onde o carro estará. Foram mapeados, por exemplo, pontos estratégicos de Porto Alegre e Novo Hamburgo. Os automóveis estarão sempre perto de rodoviárias, do aeroporto e das estações de trem, entre outros espaços.
A Renault Brasil pagou a construção do primeiro carro. O próximo passo é otimizar o projeto para homologação e buscar investimento ou uma parceria com alguma grande montadora. Vamos torcer!