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Autismo - Televisores - Estereotipias - Quebra

Autismo - Televisores - Estereotipias - Quebra
Jacson Marçal
jun. 11 - 2 min de leitura
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Autismo - Televisores - Estereotipias - Quebra

Venho de uma família humilde, desde pequeno minha mãe sempre trabalhou para me dar as coisas, eu sempre fui inquieto na sala, no momento de assistir televisão, sempre gostava das aberturas dos desenhos, chegava correndo, retirava as roupas, ficavam só de cueca e pegava minha mamadeira (12 Anos), na minha maratona eu ficava de ponta  cabeça no sofá, assistindo os canais olhando ao contrário, com o corpo largado.

Ao passar do tempo eu sempre chegava perto da Televisão para assistir, porém existia algo diferente dos dias atuais, nenhuma televisão ficava acima do meu corpo em comparação ao ambiente, eu também gostava de deitar no ambiente ao invés de ficar em pé 

Após anos, com a descoberta do autismo, comecei a observar as ações de diversas crianças com autismo, que faziam estereotipias na frente da televisão gerando um processo de imitação muito diferente do que eu fazia na época, pulando, se balançando e até danificando os equipamentos.

Foi então que pesquisando mais a fundo descobri uma pesquisa de Oxford feita com 500 crianças Autistas onde foi observado que a posição da televisão afetava diretamente as estereotipias em desordem com seu sistema muscular aumentando o excesso de repetição além de possíveis crises pelo descontrole vestibular.

Sendo assim 87% das crianças que tinham Televisores elevados acabam danificando os aparelhos, essa taxa era 10% maior quando no mesmo ambiente existia excesso de estímulos além de ficarem 76% do tempo em pé;

Rebobinando minha história, lembro que minha sala simples e humilde não tinha nenhuma mesa alta muito menos excessos de estímulos naquele ambiente, chegando a conclusão de que muitas dores de cabeças poderiam ser evitadas pela alteração desse processo.

Segue dicas:

*Mantenha a televisão no campo de visão do Autista;

*Mantenha a televisão em uma altura menor a do Autista;

*Mantenha o ambiente com uma quantidade limitada de estímulos;

*Mantenha um tempo pré estabelecido para a utilização dos aparelhos eletrônicos;

*Evite estereotipias com objetos pontiagudos ou pesados;

*Mantenha os controles sempre em um lugar fixo;

Espero que minha experiência ajude outras mamães e Autistas, utilizando de forma consciente a tecnologia pode ser bem proveitosa e divertida.

Autista Jacson Marçal @jacsonfier nas redes sociais.


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