Quero
iniciar a minha escrita, e a minha primeira participação no Mundo Adaptado, nesse
canal de acolhimento, informação e troca, expondo de que lugar falo.
Falo
como profissional da área de psicopedagogia e da psicanálise, e por isso faço
minha opção pelo lugar da reflexão, da implicação, da pergunta e do desejo, pois
penso e acredito que cada sujeito é livre e capaz de ler e fazer suas escolhas e, dessa forma, assumir responsabilidades e créditos pelas
invenções possíveis naquilo que cada um entende como útil e construtivo para o desenvolvimento
de suas próprias condutas.
É
muito importante, destacar, que dentro da minha escrita, quando citar a palavra
“sujeito” estarei me referindo ao sujeito da linguagem, não só daquele que
fala, mas também daquele que é tocado pela linguagem do outro na qual se
relaciona e, dessa forma, é afetado no corpo e no desejo.
Dito
isso, penso que ao falar do sujeito e para sujeitos estarei me referindo a um singular, independente
das marcas existentes no corpo ou na psique, independente do contexto social, cultural e ideológico.
É
complexo...por isso minha sugestão é pensarmos juntos para uma troca de não saberes
que nos ajude a sustentar a própria existência.
Nessa introdução, quero fazer a minha primeira provocação:
Você já se questionou sobre o seu lugar de fala?
Você fala do lugar de vítima ou transgressor, do
lugar de responsável ou imprudente, do lugar de sujeito ou de objeto, do lugar
de saber ou do não saber?
Não aprendemos com as respostas, mas sim com as perguntas. Pensemos...