Cerca de 30% da população mundial tem alergias.
Alergia é a resposta do organismo frente a um alérgeno seja alimento,
medicamento, pólen, poeira, insetos.
A alergia alimentar aumentou nos últimos 20 anos, pelos alimentos
processados, congelados, conservantes, corantes e introdução precoce de alimentação
na criança.
Lembrar que existe alimentos ricos em histamina e não necessariamente o
organismo responsável pela produção da reação alérgica, como figo, pêssego,
morango e outros.
Provocando prurido ao pegá-los ou no contato com a boca.
Porém, os mais conhecidos em induzir a reação alérgica são: Leite, ovo,
peixe, trigo, nozes, castanhas, amendoim e no Brasil o milho, talvez pela
ingesta ser mais popularizada e maior, por questões culturais. Assim como, o
amendoim nos EUA.
Na verdade, o chocolate e a carne de porco não são tão alergênicos como se
esperava
A manifestação clínica mais comum é em pele com coceira podendo aumentar
gradativamente, placas avermelhadas, tosse, dificuldade respiratória, diarreia,
dor abdominal, inchaço de olhos, boca, extremidades e órgãos genitais. Além de
taquicardia, hipotensão, síncope por edema de glote (fechamento da via aérea) .
O paciente e ou o médico terão até três minutos para reconhecer a anafilaxia
e ser tratada.
Os teste alérgicos podem ser utilizado após o período de emergência,
inicialmente "in vitro" ou seja no sangue e laboratorial, menos risco
ao paciente. Posteriormente cutâneo e/ou contato. Lembrando que o padrão ouro
para alergia alimentar é a provocação oral do qual o leigo utiliza sem mensurar
o risco, experimentando novamente o alimento causador da alergia para
testar. Esse procedimento é hospitalar.
Uma vez identificado alergia deverá ser usada três medicações:
1. Adrenalina como vasoconstritor. Pacientes idosos, cardíacos e em uso de
Beta Bloqueadores, o Glucagon;
2. Anti histamínico reduz a histamina circulante;
3. Corticoide reduz o choque anafilático tardio, uma vez que pode permanecer
até 36 horas;
4. Salbutamol para broncoespasmos (chio), tosse;
E outras medicações.
Esse "kit" deve permanecer com o responsável ou paciente pelo
risco de estar em áreas de difícil acesso médico: avião, sítio etc.
Toda alergia precede uma ingesta prévia, ou inalação, ou contato. Para
posteriormente o organismo reconhecer como inimigo.
A profilaxia é usar alimentos naturais verduras e frutas. Aleitamento
materno pelo menos nos primeiros 6 meses de idade.
Algumas são transitórias como é o caso de alergia a proteína do leite de
vaca e outras permanecem para o resto da vida: alergia ao trigo (doença
celíaca), peixe e crustáceos.
Lembrar que intolerância a lactose como o nome diz não é alergia, e sim rejeição ao ao açúcar do leite, mais comum em adultos ou após um episódio de diarreia.
A alergia ao leite envolve mecanismos imunológicos
contra as proteínas do leite (caseína, alfa-lacto albumina,
beta-lacto globulina), enquanto a intolerância é um processo
secundário à deficiência da enzima responsável pela digestão do principal
açúcar do leite, a lactose.
A lactose é o açúcar presente no leite e seus derivados, e requer uma
enzima chamada lactase para a sua quebra (em glicose e galactose) e posterior
absorção pelo organismo. A glicose e a galactose desempenham um papel
importante em nossas células, como fontes de energia.
Isso porque o ser humano deveria ingerir apenas o leite materno, outros
leites existem para alimentar seus filhotes. Como leite de vaca e o bezerro.
No entanto, o leite entrou no cardápio e houve adaptação digestiva com a
produção da lactase enzima responsável pela degradação da lactose.
Em recém nascidos a cólica deveria ser considerada como possibilidade de
alergia. Principalmente se houve introdução precoce de leite artificial.
Para um tema tão complexo apenas o alergista está habilitado em interpretar
testes, conduta, diagnóstico e prognóstico.