Quando soubemos que íamos ganhar mais um sobrinho, dois, porque a irmã da Carla também estava grávida.....foi muita alegria....
Depois de alguns meses veio a notícia de que a Carla estava no hospital com problemas para segurar a gestação do Leo até o fim.
Ficamos na torcida pra que tudo ficasse bem.
Mas após alguns dias a notícia, era que o Leo tinha nascido, e era uma situação difícil e preocupante. Eu já sentia o soco da perda , mas no mesmo instante já ouvi que o guerreirinho estava lutando com toda sua força para ficar com a gente.
E a torcida duplicava a cada notícia.
No entanto a gente não sabia nem um pouco do que o Leo e seus pais estavam enfrentando.
Lembro que eu estava no Rio de Janeiro e pedi por ele à menina Odetinha ...uma santinha milagreira que morreu ainda menina....
Enfim, só conheci na verdade um pouco dessa luta quando assisti a um lindo vídeo pra homenagear o Leo no seu primeiro aninho, onde estavam gravados todas as etapas difíceis e dolorosas que ele enfrentou pra sobreviver.
Não sei falar sobre as situações e procedimentos, mas na minha memória ficam a força e perseverança com muito amor de seus pais em usar todos os recursos que pudessem para ajudar na vitória do Leo.
Com incentivo de uns e desânimo de outros, eles não titubearam nem um minuto em correr atrás da vida.
Lembro de fotos registrando os banhos com o Leo entubado no hospital, as fisioterapias, cuidado com a alimentação, o capacete para a cabecinha voltar ao normal, os óculos, muitos procedimentos que eles tiveram que apreender inventar, até exigir, se agarrando nas pequenas chances que Deus lhes dava e acreditando manter o Leo com vida e saúde se desenvolvendo.
É difícil pra mim como tia, com certeza o nosso desejo era outro. Mas o Leo e seus pais nos ensinam a sermos fortes e admitirmos a vontade divina com muita esperança e fé seja como for.
A gente via nas outras famílias, e de repente temos o Leo a nossa lição de amor. E a certeza de que vale a pena e podemos ultrapassar os limites e lutar pela vida...
A frequente perseverança da Carla em encontrar sempre o melhor médico o melhor remédio o melhor aparelho, tudo para amenizar as dificuldades e dar um ar de normalidade a tudo, isso é o que mais admiro nela.
Então o Leo saiu do hospital e foi pra UTI montada pra ele em casa.
Ouvi que ele tinha que estar sempre acompanhado de um respirador, de repente recebi a foto do Leo sua Mãe e seu respirador passeando no shopping.
Dentro de algum tempo ele já estava nos visitando na chácara.
Assim conhecemos um pouco da rotina do Leo inclusive sua alimentação que era difícil, impossível na opinião dos médicos.
Enquanto a gente se apavorava com os engasgos do Leo a Carla nos tranquilizava, com uma força e atitude de mãe que sabe o que está fazendo.
E o Leo foi crescendo, muitas convulsões e internações que nos preocupam.
Mas ele cresce e se desenvolve cada vez mais lindo e grandão.
Já fez quatro aninhos e é muito amado. Tenho certeza que seus pais ainda enfrentam qualquer situação para vê-lo se desenvolver cada vez mais.
A cada pequeno estímulo já é suficiente para uma grande esperança e alegria....
"VIVA O LEO”