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Interesses restritivos e aproveitamento de telas, tecnologia e jogos para o meio Autístico.

Interesses restritivos e aproveitamento de telas, tecnologia e jogos para o meio Autístico.
Jacson Marçal
dez. 7 - 3 min de leitura
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Interesses restritivos e aproveitamento de telas, tecnologia e jogos para o meio Autístico.

Desde pequenino eu sempre gostei de jogos, me achava no computador e videogame uma forma de suprir meus desafios e pensamentos internos, além da diversão que sempre foi extremamente significativa para as atividades. Além da Tecnologia que fez parte desde cedo do meu dia a dia, sempre gostei muito de celulares, troca de celular? Acabei obtendo vários tipos e modelos de Smartphones, ao ponto de chegar a testar vários modelos por ano, e ficar em média de duas a três semanas com cada aparelho apenas pelo fato de testar aquele aparelho e utilizar sua tecnologia, fazer atualizações de componentes e layout (ROM) mudar alguns pacotes internos e se divertir com as novidades.

Uso de telas também sempre se fez presente, sempre gostei de desenhos, animes, filmes e series, me encontrando nesse universo, acabei aprendendo vários idiomas, entre eles o Inglês e Espanhol, facilitando o entendimento e aproveitamento em jogos, que em minha época não se tinha traduções para todos. No momento de recuo social eu encontrava nos jogos uma forma de me reorganizar, me encontrar e me divertir, meus melhores amigos estavam ali, no desafio diário de finalizar um jogo ou pelo simples fato do desafio relacionado as suas particularidades.

Já na adolescência o gosto se manteve, por vídeo games, porém, meu interesse ficou mais restrito a uma categoria de jogos, chamados de RTS (Estrategia em tempo Real) jogos que faziam com que eu tivesse um raciocínio logico e rápido para aquele momento, com escolhas que influenciavam minha vitória, passei por muitos desafios, pois nessa comunidade o nível de toxidade sempre foi gigante, precisava criar aspectos para anular essas características e me divertir, pois, esse sempre seria meu interesse, foi difícil, porém com o tempo eu troquei o vício por jogos pela diversão e as palavras negativas por mais motivação a continuar me divertindo.

Na fase adulta eu mantenho meus gostos, adoro jogos de estratégia, jogos de RTS, cartas, ação e aventura, isso mantém em certos nives de controle para minha ansiedade, gosto de criar rotinas que não atrapalhem minhas atividades, separando o horário certo consigo me divertir, trabalhar o raciocino e continuar produzindo conteúdos.

Devemos sempre ficar atentos aos jogos, podem ser de extrema importância para o desenvolvimento de um autista, sempre com o acompanhamento familiar, determinando regras e controle de tempo tudo poderá ajudar em nosso processo de neurodesenvolvimento, o apoio e acompanhamento deverá seguir regras de tempo e uso, evitando que o autista não gere um hiperfoco relacionado a um rito, transformando tais atividades em processos que consuma todo o seu tempo, faça atividades regulares para tirar o autista desse ciclo e aproveite características que possam agregar em nosso desenvolvimento.

Autista Savant Jacson Marçal @jacsonfier no Instagram


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