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Autistas tendem a ter maiores problemas visuais, apontam estudos.

Autistas tendem a ter maiores problemas visuais, apontam estudos.
Jacson Marçal
out. 2 - 4 min de leitura
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É muito comum encontrar autistas com problemas visuais, dos mais variados, essas observações devem ser analisadas para que possamos gerir melhor as informações e o meio de adaptação com relação ao Autismo e a visão.

No estudo de Atlanta, 7% das crianças que tinham baixa acuidade visual, mesmo com correção, tinham autismo. Estudos de registros de clínicas oftalmológicas também sugerem que crianças autistas são propensas a sérios problemas de visão: entre 2.555 crianças em uma clínica universitária de autismo, cerca de 11% tinham distúrbios de visão significativos , incluindo estrabismo, em que os olhos estão desalinhados, e ambliopia, na qual a visão em um ou ambos os olhos resulta do desenvolvimento visual inicial anormal. (Cerca de 7 % das crianças dos EUA em geral têm um distúrbio de visão , de acordo com os Centros para Controle e Prevenção de Doenças.)

Dentro dessa abordagem eu comecei a observar fatores relacionados a minha visão e ligação com outros autistas que também tinha uma significativa alteração visual, ou que estariam em desenvolvimento, dentro dos estudos observados, fazer a ligação do Autismo com problemas visuais podem facilitar processos de antecipação para processos com maior efeito negativo.

Hoje é possível observar que a relação de alteração cerebral para hipersensibilidade ou Hipo auditiva tem ligações correlacionadas no nosso processo de neurodesenvolvimento, uma adaptação diferente, ocorrida dentro do espectro em Autistas que apresentem alguma alteração visual ou venham a desenvolver qualquer tipo de alteração observadas nos estudos.

Outro estudo mais recente publicado este mês, a equipe de Chang revisou os registros médicos de mais de 10 milhões de crianças e descobriu que 13,5% das crianças autistas têm distúrbios de visão, em comparação com 3,5% das crianças típicas. As crianças com autismo têm cerca de 5 vezes mais probabilidade de ter nistagmo do que as crianças normais, em que os olhos se movem ritmicamente para a frente e para trás, descobriram, e são 3,5 vezes mais probabilidade de ter estrabismo e 2,5 vezes mais probabilidade de ter ambliopia.

Com essa relação e com os estudos apresentados, comecei a observar relações com nistagmo e meu autismo, observando um movimento involuntário constante, comecei a ficar muito agitado chegando ao ponto de consultar um neurologista e oftalmologista, onde a ligação dos zumbidos com nistagmo me enquadrou nesse aspecto de percepção. Indo mais além em uma breve anamnese familiar por características hereditárias descobri no histórico familiar da minha mãe uma sequencia igual dentro desses padrões.

Compreender o autismo em deficientes visuais também pode fornecer informações sobre o autismo em geral. Acompanhar o desenvolvimento de crianças com hipoplasia do nervo óptico ou outras causas de cegueira congênita pode ajudar os cientistas a identificar os primeiros sinais de autismo, diz Borchert, semelhante a estudos de "irmãos bebês" e outros grupos com elevada chance de autismo. O estudo dessa população também pode ajudar os pesquisadores a identificar as influências biológicas ou ambientais ou as áreas do cérebro importantes para as alterações visuais.

O colículo superior, uma parte do tronco cerebral, se conecta à retina e desempenha um papel na atenção visual, incluindo atenção precoce aos rostos, processamento do movimento biológico e reação a estímulos emocionais. A interrupção do seu desenvolvimento pode contribuir para a ligação do autismo em indivíduos com características associativas em fatores que liguem seu estado a sua visão.

Dentro desses quadros avaliativos, a sugestão pós estudo é manter todo processo investigativo, anual com acompanhamento oftalmológico, evitando e blindado possíveis distúrbios visuais e agravantes associativos.

Conforme já abordei aqui em outros Artigos, sempre devemos observar características que ligam o Autismo a sua percepção  do sistema nervoso central, com relação a todo nosso organismo, minha deficiência visual hoje, relacionada a visão monocular pode servir de exemplo para processos que auxiliem autistas a blindar possíveis patologias que ocasionem vários transtornos adicionais relacionados a visão no espectro. Hoje sou um Autista com Visão Monocular, Astigmatismo, Miopia, Hipermetropia, Daltonismo, Nistagmo além de relação a dificuldade de proporção correlacionado a Síndrome de Alice.

Autista Savant – Jacson Marçal @jacsonfier no Instagram.

Referencias:

https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/32896499/

https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/31676470/

https://www.spectrumnews.org/features/deep-dive/what-baby-siblings-can-teach-us-about-autism/

https://www.spectrumnews.org/features/special-reports/autism-brain-region-by-region/

 


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