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INCLUSÃO

INCLUSÃO
Juliana Paschoalini
ago. 31 - 3 min de leitura
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A grande maioria dos professores se sente despreparado ao receber crianças especiais em suas salas de aula. Realmente pra mim é um desafio profissional expor minhas ideias, visão real em relação à educação não só nas escolas, mas na sociedade como um todo.

Falta muita informação quando o assunto é inclusão começando pelos próprios pais. Ninguém está preparado para ter um filho especial e um bom exemplo disso é o filme “O filho eterno”, drama brasileiro que conta a história de pais que descobrem que o bebê tão desejado tem Síndrome de Down.  A insatisfação e a vergonha tomam conta do pai que luta para descobrir o verdadeiro significado da paternidade.

Um outro texto que é uma boa referência sobre o que estou tematizando é o “Bem vindo a Holanda”. O artigo foi escrito por Emily Perl Knisley  e nele a autora fala sobre como é receber a notícia que seu filho tem/terá uma necessidade especial. Ela diz que é como embarcar em um avião achando que está indo para a Itália, mas aterrissar na Holanda.

Muitos pais chegam na escola dizendo: quero uma escola normal para o meu filho!! Mas o que é ser normal? Sempre que classificamos algo ou alguém como normal, estamos afirmando que algo ou alguém é anormal?

Refletindo sobre essa prática, tão comum no nosso dia a dia, inconscientemente estamos selecionando ou discriminando um acontecimento ou uma pessoa pelo simples fato de ser diferente ou por ter acontecido algo diferente do que planejamos. "Isso não é normal". São falas que repetimos sem pensar porque tudo que é diferente nos desafia, sai fora do script, de como são as regras de uma sociedade. Sociedade essa formada por pessoas que de alguma maneira também são diferentes. Cada um com suas peculiaridades, físicas, emocionais ou comportamentais.

Então porque discriminar o outro? Se eu também sou diferente, o espelho que reflete é o mesmo. Somente nos veremos como seres iguais se nos enxergarmos com os olhos do coração, olhos do amor fraterno e com respeito. Somos todos iguais a partir do instante que amamos , respeitamos e aceitamos as diferenças.

Em sala de aula é isso que busco: ver todos de forma especial. Cada um com sua individualidade. Tenho paixão pelo que faço e a inclusão sempre fez parte da minha história. Trabalho sempre com amor e procuro estimular muito os meus alunos. Nunca me prendi a laudos e pesquisas e sempre acreditei, e acredito, na capacidade e nas possibilidades que a criança pode alcançar ou desenvolver quando  bem estimulada .

É importante trabalhar com sinceridade e clareza com os pais, manter diálogos simples e objetivos. A proximidade e o respeito entre Escola e Família são muito benéficos para o desenvolvimento de todo ser humano.

Juliana Paschoalini - pedagoga

Fez Pedagogia e pós-graduação em Psicopedagogia na Universidade Paulista (Unip). Atualmente é professora e coordenadora da Escola de Educação infantil Sapequinha em São Paulo. Há mais de 20 anos trabalha na área da educação onde começou como auxiliar de classe.

 


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