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Post 14 - Epilepsia Ausência da Infância - Introdução

Post 14 - Epilepsia Ausência da Infância - Introdução
Paulo Noronha Liberalesso
mar. 30 - 3 min de leitura
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Post 14 - Epilepsia Ausência da Infância - Introdução

A primeira descrição de uma crise de ausência data, provavelmente, de 1770, e é atribuída a Tissot. Nesse relato, o autor descreve uma adolescente de 14 anos com crises de parada comportamental e com crises tipo tônico-clônica generalizada, desde os sete anos de idade. Contudo, foi Calmeil o primeiro a citar o termo “ausência” na literatura médica, em 1824.

A epilepsia ausência da infância é classificada entre as epilepsias e síndromes epilépticas generalizadas idiopáticas, segundo a Liga 
Internacional Contra Epilepsia (ILAE, 1989), sendo definida como “epilepsia que frequentemente compromete crianças com idade entre seis e oito anos, mais incidente no sexo feminino e com forte predisposição genética.

As crises podem recorrer diversas vezes ao 
dia no paciente não tratado e o eletrencefalograma é caracterizado por descargas de espícula-onda generalizadas, de morfologia regular, síncronas e simétricas, com frequência igual ou superior à 3 Hz, podendo haver acentuação nas regiões anteriores de ambos os hemisférios cerebrais, com início e término abruptos”.

A epilepsia ausência típica é a epilepsia generalizada idiopática mais frequente da infância.

Há um forte componente genético e o pico de início das crises é ao redor dos seis anos de vida, sendo mais comum no sexo feminino. Corresponde a uma forma de epilepsia 
que ocorre em crianças neurologicamente saudáveis, sendo as crises caracterizadas por curta duração, geralmente entre cinco e vinte segundos e por súbito e acentuado comprometimento da consciência.

Como a recuperação da consciência também ocorre de forma abrupta, ao final da crise a criança retorna imediatamente à atividade em curso.

Por exemplo, se a criança apresentar uma 
crise de ausência durante uma refeição, logo ao final da crise ela retornará a se alimentar normalmente como “se nada houvesse 
acontecido”.

A frequência pode variar de dezenas a centenas de crises ao dia nas crianças não tratadas.

Segundo a Classificação das Crises Epilépticas da Liga Internacional Contra Epilepsia (ILAE, 1981), há sete tipos de crises de ausência típica:

(1) crise de ausência com comprometimento da consciência,

(2) crise de ausência com componentes clônicos discretos,

(3) crise de ausência com componente atônico,

(4) crise de ausência com componente tônico,

(5) crise de ausência com automatismos,

(6) crise de ausência com fenômenos autonômicos,

(7) formas mistas(associações de manifestações ictais das formas anteriores).

Crianças com epilepsia ausência da infância podem apresentar, além das crises de ausência, outros tipos de crises como as tônico-clônicas generalizadas e as crises mioclônicas.


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