Hoje, 2 de abril, é o Dia Mundial da Conscientização do Transtorno do Espectro Autista que foi criado em 2008 pela Organização das Nações Unidas (ONU). A data tem como objetivo conscientizar a população sobre o autismo e também chamar a atenção do governo federal para a criação de políticas públicas para este público, além de melhorias nos tratamentos terapêuticos e respeito aos seus direitos.
Muitos prédios e monumentos de cidades por todo o país estarão iluminados com a cor azul, que representa o autismo, como forma de chamar a atenção da população para a causa. Além da cor azul, o quebra-cabeça colorido também é o símbolo do TEA por representar complexidade e a neurodiversidade. inclusive, alguns locais públicos e privados já o utilizam como alerta para sinalizar o atendimento prioritário.
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição complexa causada por uma desordem no desenvolvimento e funcionamento cerebral que tem aspectos genéticos e ambiental. Dentro do Espectro Autista estão também a Síndrome de Asperger, o transtorno desintegrativo da infância e o transtorno generalizado do desenvolvimento não especificado.
O TEA pode acarretar alterações na comunicação oral, interação social, comportamental e interesses repetitivos. A incidência em pessoas do sexo masculino é maior, tendo uma relação de quatro homens para uma mulher com o transtorno.
Não há cura para o TEA, porém o diagnóstico precoce é essencial para início de terapias que ajudarão o indivíduo a desenvolver habilidades e ganhar qualidade de vida. Como dito anteriormente, existem muitos graus e tipos dentro do TEA. Isso quer dizer que existem quadros mais leves, permitindo ao indivíduo ser praticamente independente, e outros mais severos que precisam de vigilância e cuidado constante.
Legislação
Para efeitos legais, o indivíduo com TEA é considerado pessoa com deficiência, segundo a Lei nº 12.764, de 27 de dezembro de 2012, que instituiu a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista.
Em 8 janeiro de 2020, também foi sancionada a Lei nº 13.977, também conhecida como Lei Romeo Mion, em homenagem ao filho do apresentador Marcos Mion que possui autismo.