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Bullying e exclusão Escolar

Bullying e exclusão Escolar
Fernando Toledo Cardoso
ago. 4 - 4 min de leitura
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Hoje vamos falar de bullying escolar e suas ramificações no setor educacional, o quanto isso reflete em nossos alunos e atrapalha no desenvolvimento do processo ensino aprendizagem.

Muito se fala hoje sobre a onda de violência que cerca nossas escolas e isso assusta a todos os envolvidos: estudantes, educadores, gestores, sociedade e governo.

Incutir a culpa em alguém se torna algo secundário, se nos atentarmos que o verdadeiro problema seria descobrirmos o que fazer para mudar tal horizonte e como fazermos com que nossas escolas passem a serem vistas novamente como lugar seguro e que merece a confiança de todos. Para Fante (2005):

Os cursos de graduação devem focar sua atenção na necessidade de prevenção à violência. Para isso, devem oferecer aos futuros profissionais de educação os recursos psicopedagógicos específicos que os habilitem a uma atuação eficaz em seus locais de trabalho para que eles utilizem metodologias estimuladoras do diálogo como forma de resolução de conflitos; que promovam a solidariedade e a cooperação entre os alunos, criando com isso um ambiente emocional que incentive a aceitação e o respeito às diferenças inerentes a cada indivíduo; que promovam a tolerância nas relações interpessoais e socioeducacionais (FANTE, 2005, p. 169).

A escola se estabelece em um ambiente de socialização, sendo causadora da obtenção de valores e da edificação de caráter das pessoas que motivarão o contorno das gerações que ainda surgirão, e, por conseguinte, a direção de toda uma sociedade. Neste ambiente está a colocação social da unidade escolar, a qual compreende toda uma série de rudimentos que são a imagem da cultura na qual permanecem encravadas.

Mas nem tudo é tão fácil assim. Temos em muitas escolas alunos rebeldes que querem aparecer, pois em casa são abandonados pelos seus pais e na escola veem um lugar no qual podem aparecer como fortes e temidos e, com isso, aterrorizam àqueles alunos comportados, que não gostam de participar de confusões e se tornam alvos desses valentões.Por outro lado, temos alunos que têm medo de denunciar as agressões que sofrem, por sentirem que podem ser os próximos alvos das agressões por eles observadas. Para Elias (2011):

Todo cuidado é pouco, pois se trata de uma realidade complexa e multidimensional. O tema requer um conjunto de medidas, ações integradas e de iniciativas articuladas implementadas de acordo com um plano. Não há soluções mágicas, mas é possível avançar muito na prevenção desses eventos e na educação para convivência (ELIAS, 2011 p, 10).

Quando se fala acerca da violência nas escolas, na maioria das vezes se generaliza a violência que acontece entre os estudantes, contudo, não devemos esquecer que os docentes, com o passar do tempo, também se contornaram como modelos de vítimas e ainda de agressores. A educação escolar aguentou duras transformações com o passar dos tempos e isso vemos com as seguintes palavras de Fausto e Rodrigues (2013):

Houve uma época em que o professor era tão valorizado que representava status ter essa profissão. Aulas nos cursos ginasial e colegial costumavam ser ministradas até por médicos e engenheiros, e compensa financeiramente. Os alunos eram habituados a se colocarem de pé quando o mestre 24 entrava na sala. O respeito aos mais velhos era regra de educação [...], (FAUSTINO; RODRIGUES, 2013, p. 125).

Sempre importante salientar, que o bullying acarreta em vários problemas futuros para o individuo, retratando uma sociedade violenta e obcecada em fazer o mal.


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